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Síria acusa Turquia de provocação e Rússia discute caso com Otan
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O regime sírio disse nesta sexta-feira que o fato da Turquia pedir mísseis para a Otan para armar sua fronteira é uma "nova provocação". Por outro lado, a Rússia se reunirá com a Otan para também se manifestar contra o posicionamento de mísseis turcos em sua fronteira com a Síria.
Na televisão estatal síria, o Ministério das Relações Exteriores do país se demonstrou revoltado com a instalação de mísseis Patriot na fronteira por parte dos turcos.
Na quarta-feira, autoridades da Turquia pediram à aliança militar do Ocidente que enviasse mísseis para controlar os confrontos na região fronteiriça. Foi a primeira manifestação da Síria sobre o caso desde então.
"A Síria atribui ao governo [do premiê turco Recep Tayyip] Erdogan a responsabilidade pela militarização da fronteira entre os dois países e pelo aumento da tensão entre esses dois povos amigos, os sírios e os turcos", disse a fonte do ministério.
"A Turquia abriu seu território a milhares de terroristas sírios e estrangeiros, deu a eles armas e treinamento e os infiltrou na Síria para participar de um derramamento de sangue."
RÚSSIA
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov anunciou que conversará sobre o assunto nesta sexta-feira com o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen. No dia anterior, Rasmussen tinha dito que faria "tudo para proteger nossa aliada Turquia".
"Aparentemente, ele [Rasmussen] quer explicar a posição da Otan quanto ao caso", disse Lavrov em coletiva de imprensa em Moscou.
"A maior preocupação é de que, quanto mais armas estiverem disponíveis, maior o risco de serem usadas."
A Rússia não é membro da Otan e não pode vetar suas decisões. Mesmo assim, Lavrov garantiu que a Otan não quer se envolver na crise síria.
"O problema é que, no campo militar, o que importa não são apenas as intenções, mas o potencial. Quando o potencial aumenta, os riscos aumentam."
China e Rússia já bloquearam três moções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para responsabilizar o ditador Bashar Assad pela violência na Síria. O regime sírio é um grande comprador de armas russas.
Na quinta-feira, a Rússia já havia criticado a atitude da Turquia e pedido ajuda a ela na mediação da crise síria.
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