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26/11/2012 - 06h30

Análise: Medidas contra juízes devem causar mais problemas a presidente do Egito

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IAN BLACK
DO "GUARDIAN"

Mohamed Mursi percorreu um longo caminho desde que foi oficializado como o nome da Irmandade Muçulmana para disputar a Presidência do Egito.

Na semana passada, esse engenheiro transformado em político foi elogiado por mediar a trégua entre Israel e palestinos e massacrado em seu país, como um "novo faraó" que obteve poderes ditatoriais e traiu a revolução que derrubou Hosni Mubarak em 2011.

Não é a primeira vez que Mursi surpreende ao combinar destreza e crueldade. Desta vez, no entanto, ele pôs o dedo na ferida dos egípcios que temem ser governados por um "Mubarak barbudo".

Ele impressionou, em agosto, ao tirar de cena sem confronto os velhos generais que comandavam o Egito. Um mês depois, foi criticado por reagir com lentidão quando manifestantes furiosos com um filme anti-islã atacaram a Embaixada dos EUA no Cairo.

Mas é no front doméstico que Mursi enfrenta os maiores desafios. Os islamitas (incluindo os ultraconservadores salafistas, que se opõem ao presidente) e seus inimigos vivem um impasse, e as medidas contra os juízes devem causar mais problemas.

Para o analista Hesham Sallam, seus gestos populistas em homenagem aos "mártires" da revolta do ano passado "têm a clara intenção de se apropriar da legitimidade revolucionária e usá-la para fortalecer uma Presidência controlada pela Irmandade".

Tradução de ROGÉRIO ORTEGA

 

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