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Análise: Reforma da imigração nos EUA não deve ser fácil como parece
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DA REUTERS
A reeleição do presidente Barack Obama deu uma dose imediata de otimismo aos proponentes de uma reforma abrangente da imigração.
Eles esperam que Obama, reforçado por ter recebido mais de 70% do voto hispânico, agora se disponha a defender uma causa que ele em grande medida evitou durante seu primeiro mandato.
E pensam que os republicanos, depois da surra que levaram dos latinos, poderiam abrandar sua resistência, visando continuar competitivos em eleições. Mas o otimismo pode ser temperado por uma dose de realidade.
Por mais que Obama possa ser favorável à causa, ele estará ocupado com batalhas fiscais até bem depois do início de 2013, com menos chances de dedicar-se ao esforço para efetuar mudanças amplas na política imigratória.
E, num momento em que vários republicanos estão vulneráveis a ser contestados por candidatos mais à direita em eleições primárias, podem não estar ansiosos para inverter as posições sobre a imigração que defendem há anos e em que acreditam.
Além disso, eles podem estar tão ocupados com questões fiscais quanto o resto de Washington. O senador democrata Mark Warner observou que evitar o "abismo fiscal" --aumentos de impostos e cortes nos gastos previstos para entrar em vigor em janeiro-- vai consumir a energia de Washington.
A reforma da imigração, que em várias ocasiões na última década deixou de ser aprovada no Congresso, visa realizar vários objetivos, nenhum deles fáceis.
Para os democratas e seus partidários no movimento sindical, os 11 milhões de estrangeiros ilegais, muitos dos quais já vivem nos EUA há anos, devem ser autorizados a sair das sombras e ter um caminho para trabalhar legalmente no país.
Muitos republicanos alegam que isso recompensaria pessoas que infringiram a lei.
O número de 11 milhões inclui os filhos de estrangeiros ilegais que foram trazidos para o país não por vontade.
Para os republicanos, é preciso adotar medidas repressivas mais fortes para impedir que mais estrangeiros ilegais entrem no país, especialmente se a economia americana melhorar e começar a gerar mais empregos. Os democratas argumentam que já há controles rígidos.
Os partidários da reforma esperam ver avanços em pouco tempo, mas podem ser frustrados pela realidade política do Congresso.
Tradução de CLARA ALLAIN
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