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29/11/2012 - 22h20

Paz na Síria depende de Conselho de Segurança, diz enviado da ONU

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O enviado da Liga Árabe e da Organização das Nações Unidas (ONU) à Síria, Lakhdar Brahimi, afirmou nesta quinta-feira que não pode seguir adiante com um plano de paz a menos que seja apoiado por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, e alertou que um cessar-fogo só ocorrerá se for supervisionado por uma missão de paz.

Os confrontos entre tropas do regime sírio e rebeldes provocaram o fechamento do aeroporto de Damasco, e a internet e os telefones foram cortados em todo o país. O Ministério da Informação credita a queda nas conexões à ação dos rebeldes, os quais o governo classifica como terroristas.

Segundo Brahimi, uma solução pacífica para o conflito, que já dura 20 meses, só poderia ser iniciada pelo Conselho de Segurança. Não há consenso no conselho sobre ações contra o presidente sírio, Bashar Assad, visto que dois dos integrantes com poder de veto, Rússia e China, barram todas as resoluções desfavoráveis aos governistas.

Moscou e Pequim já vetaram três resoluções condenando Assad e rejeitaram a ideia de aplicar sanções a seu governo.

"Fui desafiado a elaborar um plano. Acredito que agora temos os elementos de um plano, mas eles não podem ser reunidos até que o conselho chegue a um consenso e esteja pronto para adotar uma resolução que será a base para um processo político na Síria", declarou Brahimi.

"Não há dúvida de que o que é muito, muito urgente, é um cessar-fogo que possa durar. Um cessar-fogo não irá durar a menos que seja rigorosamente observado. E acredito que isso exija uma missão de manutenção de paz", afirmou.

MONITORAMENTO

De acordo com diplomatas, se houvesse um cessar-fogo mais duradouro, o departamento da ONU responsável por operações de paz poderia reunir uma força de até 3.000 monitores para manter os combatentes separados e manter a trégua.

Sob uma trégua iniciada em abril pelo antecessor de Brahimi, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, cerca de 300 monitores e cem especialistas civis foram enviados para a Síria para supervisionar o cessar-fogo, que não foi respeitado.

Brahimi quer que o Conselho de Segurança aprove uma resolução baseada em um acordo alcançado pelas potenciais mundiais em junho para estabelecer um governo de transição na tentativa de encerrar os conflitos.

Desde o início dos combates entre rebeldes e o governo sírio, em março de 2011, mais de 30 mil pessoas morreram em todo o país, segundo a ONU. Segundo ativistas, o número passa de 40 mil.

 

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