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Índia tem crescimento abaixo do esperado
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O crescimento da Índia fechou em 5,3% no trimestre encerrado em setembro em relação mesmo período de 2011, abaixo das expectativas dos analistas, e o país deve ter em 2012 o menor avanço do PIB em uma década.
O principal assessor econômico do primeiro-ministro Manmohan Singh, C. Rangarajan, projetou crescimento entre 5,5% e 6% em 2012, a menor taxa desde 2002-2003.
Um crescimento abaixo de 6% pelo terceiro trimestre consecutivo é muito preocupante, porque a Índia precisa crescer pelo menos 8,5% para gerar empregos para a população em alta acelerada.
O país tem lutado para conseguir implementar reformas, e o crescimento em baixa dificulta a redução do deficit do Orçamento e a continuidade dos programas sociais.
No trimestre anterior, a Índia cresceu 5,5% e no primeiro, 5,3%. O trimestre encerrado em setembro é o segundo do ano fiscal indiano, que vai de abril a março.
"É essencial que a agenda de reformas seja implementada com vigor", disse em comunicado a Federação das Câmaras de Comércio e Indústria da Índia.
O primeiro-ministro Manmohan Singh e Palaniappan Chidambaram, o novo ministro das Finanças, lançaram uma rodada de reformas econômicas nos últimos quatro meses na tentativa de reanimar o investimento, ao mesmo tempo em que reduzem o deficit fiscal.
Mas a proposta de privatizar estatais e abrir setores como varejo e seguros para capital estrangeiro tem enfrentado enorme resistência de políticos da oposição.
"Apesar de as reformas recentes serem um primeiro passo muito positivo, é preciso manter o embalo e adotar medidas para reduzir o enorme deficit fiscal da Índia, a fragilidade do setor financeiro, a burocracia sufocante, as deficiências do setor energético e os problemas de infraestrutura", escreveu Jyoti Narasimhan, economista especialista em Índia da IHS Global Insight. "Só aí a Índia vai conseguir elevar sua taxa de crescimento potencial."
O dado veio no mesmo dia que o decepcionante crescimento do PIB do Brasil (0,6% no terceiro trimestre, em relação ao anterior), e analistas advertem que os emergentes estão desacelerando e podem não ter força suficiente para contrabalançar a estagnação europeia.
O FMI prevê crescimento de apenas 4,9% este ano na Índia. "A perspectiva de curto prazo continua bastante desafiadora, inflação persistente, crescimento lento e déficit do Orçamento e em conta-corrente altos", disse Narasimhan.
Citando "paralisação política" e "alta inflação", Andrew Kenningham, da Capital Economics, afirmou não esperar uma recuperação ao longo de 2013.
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