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01/12/2012 - 12h23

Ativista chinês cego acusa China de usar sobrinho de bode expiatório

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DE SÃO PAULO

Em entrevista à rede de TV CNN, o dissidente chinês Chen Guangcheng disse considerar uma represália contra ele a condenação de seu sobrinho à prisão, anunciada nesta sexta (30).

Um tribunal da Província de Shandong condenou Chen Kegui a três anos e três meses de prisão por ter, com uma faca de cozinha, ferido três dos 20 policiais que invadiram a sua casa e tentaram agredir a sua mãe. Os agentes estariam vasculhando o imóvel à procura do dissidente.

O sobrinho do dissidente esperou o julgamento preso, sem comunicação com pessoas de fora da cadeia. Ele também não pôde escolher seu advogado, o que gerou reclamações de organizações de direitos humanos.

Reuters
Chen Kegui, o sobrinho do dissidente Chen Guangcheng, que foi condenado à prisão, na China
Chen Kegui, o sobrinho do dissidente Chen Guangcheng, que foi condenado à prisão, na China

O ativista de direitos humanos disse que a sentença foi "injusta" e que ficou "muito desapontado". "Ele estava só se defendendo. Foram eles [agentes do regime] que invadiram a nossa casa e começaram a bater na gente e a nos levar", disse. "É apenas a continuação do meu caso", disse. "Ele está sendo um bode expiatório para a minha situação. Eles já tinham tentado me provocar, mas eu não caí no truque."

O crime ocorreu em abril passado, mesma época em que Chen Guangcheng, que é cego, fugiu da prisão domiciliar após 19 meses de detenção. Ele foi procurar abrigo na embaixada americana em Pequim, onde passou seis dias. Chen acabou internado num hospital de Shandong e, em maio, foi autorizado a ir para os EUA, ao lado da família, após receber uma bolsa de estudos.

O pedido de asilo do dissidente aconteceu na mesma época em que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, visitou o país. Chen disse que gostaria de ir aos EUA no avião que levara Hillary, porém o pedido foi negado pelo governo americano.

 

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