Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/12/2012 - 18h30

Colômbia e Farc retomam diálogo após morte de 20 guerrilheiros

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo da Colômbia e as Farc retomam o diálogo de paz nesta quarta-feira (5), em Havana, após cinco dias de recesso. Neste período, Bogotá aumentou a pressão sobre os rebeldes por meio de declarações e ações militares.

Primeiro, o governo fixou um prazo máximo de um ano para que um acordo de paz seja alcançado. Depois, no sábado (1º), lançou um ataque militar no Departamento de Nariño, perto da fronteira com o Equador, no qual foram mortos cerca de 20 guerrilheiros.

O chefe da delegação da guerrilha, Iván Márquez, disse nesta terça-feira que o presidente Juan Manuel Santos demonstrou "incongruência política" ao rejeitar o cessar-fogo de dois meses declarado pelos rebeldes, de forma unilateral, no dia 19 de novembro. "A resposta ao gesto das Farc é bélica", disse o negociador Andrés París, em uma entrevista à agência cubana Prensa Latina.

París disse que o Comitê da Cruz Vermelha, observadora do processo de paz, atesta que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) estão respeitando o cessar-fogo, apesar de admitir que houve "pequenos incidentes sem importância alguma". Ele ainda comemorou a disposição do Exército de Libertação Nacional (ELN) em se unir ao processo de paz.

Os delegados governistas, liderados por Humberto de la Calle, devem chegar na noite desta terça a Havana para participar da nova rodada de negociações, destinada à reforma agrária.

Os negociadores das Farc continuaram em Cuba durante o recesso. No domingo (2), pediram à Cruz Vermelha ajuda para repatriar os corpos de combatentes mortos no Equador em 2008.

Tanto o governo como a guerrilha concordaram que houve avanços na primeira rodada de negociações, ocorrida entre 19 e 29 de novembro. Na primeira fase do diálogo, as partes concordaram em convocar um fórum sobre o desenvolvimento agrário, de 17 a 19 de dezembro, em Bogotá. O tema da terra, primeiro ponto da agenda, foi o estopim da rebelião camponesa que deu origem às Farc, em 1964.

Há outros quatro pontos a serem debatidos: drogas ilícitas, participação política, abandono das armas e indenização às vítimas.

O conflito colombiano, o mais antigo da América Latina, deixou 600 mil mortos, 15 mil desaparecidos e 4 milhões desalojados, de acordo com as cifras oficiais. O grupo rebelde conta agora com 9.200 combatentes, concentrados nas áreas rurais do país.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página