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06/12/2012 - 15h18

Rei da Jordânia faz vista em apoio à Autoridade Nacional Palestina

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O rei Abdullah 2º, da Jordânia, fez uma rara visita à região do West Bank em uma mostra de apoio ao reconhecimento da Autoridade Nacional Palestina como Estado observador não membro da ONU (Organização das Nações Unidas), e ao presidente Mahmoud Abbas.

Os jordanianos se pronunciaram fortemente contra os recentes planos de Israel de expandir os assentamentos na região da Cisjordânia.

"A política de assentamentos não só é rejeitada pelo nosso lado, como árabes e palestinos, mas também pelo mundo todo", disse o Ministro das Relações Exteriores de Abdulla 2º, Nasser Judeh.

Nem Abbas nem o rei fizeram declarações públicas depois da reunião, mas a chegada de Abdulla dei mais um impulso de peso no apoio ao reconhecimento da ONU, que sofreu fortes críticas de Israel.

No último dia 29, a Palestina foi elevada a Estado observador não membro da ONU pela Assembleia-Geral da organização, por 138 votos a 9, com 41 abstenções, incluindo a da Alemanha. O Brasil votou a favor. No dia seguinte, o governo israelense anunciou a construção de 3.000 novos imóveis em colônias judaicas situadas em territórios ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, plano chamado de E1.

Boa parte da comunidade internacional considera ilegal a presença israelense em território palestino. Há também argumento de que as construções acabarão por inviabilizar a solução de dois Estados, ou seja, a convivência, ao lado de Israel, de um Estado palestino com capital em Jerusalém Oriental.

O anúncio das construções não foi a única represália anunciada por Israel. O governo do Estado judaico ainda anunciou que não vai repassar US$ 100 milhões (R$ 213 milhões) em impostos da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em novembro. O valor é a metade do Orçamento palestino.

A Jordânia é um dos poucos países árabes que têm acordo de paz com Israel e é aliada dos Estados Unidos, o que torna o apoio público do rei mais significativo.

Abbas e o rei são aliados políticos e já haviam se encontrado recentemente na Jordânia, durante uma das frequentes paradas do líder palestino no reino vizinho.

Entretanto, a visita desta quinta-feira foi apenas a terceira do rei ao West Bank e a primeira em mais de um ano.

O rei recebeu as boas-vindas com honras militares na sede do governo na região após sua chegada de helicóptero durante a manhã.

A jordânia tem a maior comunidade de refugiados palestinos fora de Gaza e do West Bank.

Palestinos temem que os assentamentos tornem a criação de um Estado contínuo impossível, preocupação partilhada por diversos aliados próximos de Israel.

COLÔNIAS

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, em visita à Alemanha nesta quinta-feira, afirmou que o plano do E1 seguirá adiante, insistindo que o território continuará sob controle israelense no caso de um acordo de paz no futuro.

"Todos [os governos israelenses anteriores] abordaram a possibilidade da construção de túneis, estradas e pontes ali para facilitar o movimento palestino", disse Netanyahu em entrevista publicada nesta quinta no diário alemão Die Welt, se referindo ao E1.

EUA

Membros do Congresso dos Estados Unidos propuseram a restrição de centenas de milhões de dólares em financiamentos para os palestinos e agências da ONU que reconheçam a Autoridade Nacional Palestina como Estado, além do fechamento do escritório representativo dos palestinos em Washington.

Os palestinos despacharam seu enviado à ONU, Riyad Mansour para o Qatar, que prometeu cobrir suas contas enquanto Israel segura o dinheiro da receita dos impostos que o governo do West Bank precisa para continuar funcionando.

 

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