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14/12/2012 - 12h13

Cúpula da América Central divulga nota em apoio a Chávez

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DE SÃO PAULO

Governantes da América Central expressaram seu apoio na reunião de cúpula do Sistema de Integração Centro-Americano (Sica), que reúne os países da região, em Manágua, na Nicarágua.

"Os chefes de Estado dos países membros do Sica expressamos ao presidente comandante Hugo Chávez Frías e ao povo bolivariano da Venezuela nossa profunda solidariedade neste momento difícil e nosso sincero desejo de recuperação rápida e plena", segundo declaração lida pelo anfitrião Daniel Ortega.

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"Os presidentes dos países-membros do Sica ratificam ao povo bolivariano da Venezuela, ao seu governo e ao seu presidente, a irmandade, o respeito e o carinho próprios dos que vivemos na Pátria Grande e acreditamos que um mundo com melhor diálogo, pacífico, justo e digno é possível", dizem na nota.

A declaração foi assinada pelos governantes da Guatemala, Otto Pérez Molina, de El Salvador, Mauricio Funes, do Honduras, Porfirio Lobo e do Panamá, Ricardo Martinelli, além do anfitrião Ortega, principal aliado de Chávez na América Central.

Também foi endossada pelo chanceler da Costa Rica, que representa a presidente Laura Chincilla, ausente da reunião, e do chanceler dominicano, que representa Danilo Medina, além do representante de Belize para a Guatemala e Nicarágua.

Também nesta sexta será celebrada uma missa em Caracas organizada pelo alto comando da Venezuela, incluindo o Ministério da Defesa, o Comando Estratégico Operacional e a Força Armada Nacional Bolivariana.

CIRURGIA

Chavéz está internado em Havana, capital de Cuba, há dois dias. Ele se submeteu a uma cirurgia contra um câncer na região pélvica --a localização exata nunca foi informada.

Essa foi a quarta cirurgia de Chávez, 58, em um período de um ano e meio.

O ministro da Informação venezuelano, Ernesto Villegas, afirmou na quinta-feira que Chávez sofreu "complicações" relacionadas à operação. O chefe de Estado apresentou um sangramento e precisou ser submetido a "medidas corretivas". Mais cedo, o mesmo ministro tinha vindo a público informar que Chávez estava em em "condições estáveis".

Ele disse ainda que "acompanham o presidente Chávez seus familiares mais próximos, que, de Havana, agradecem as manifestações de solidariedade" e pedem aos venezuelanos confiança "na fortaleza física e espiritual do comandante Hugo Chávez e no tratamento médico".

Chávez foi reeleito no dia 7 de outubro e deveria tomar posse em 10 de janeiro.

SUCESSOR

Os rumores da piora do estado de saúde de Chávez aumentaram após ele anunciar que o ex-chanceler e atual vice, Nicolás Maduro, seria seu candidato em uma eleição presidencial. Foi a primeira vez em 14 anos em que o mandatário apontou um sucessor.

"Ele é um completo revolucionário, um homem de grande experiência, apesar da juventude, com uma grande dedicação e capacidade para trabalhar. Em um cenário em que sejamos obrigados a fazer uma nova eleição presidencial, vocês devem escolher Nicolás Maduro", disse.

O temor é que, após a cirurgia, o presidente morra ou fique impossibilitado de dirigir o país, o que faria com que Maduro completasse este mandato, que dura até 10 de janeiro.

Se essas possibilidades acontecerem após o início do novo mandato de Chávez, quem assume o país é o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que será o responsável por convocar novas eleições nos 30 dias subsequentes.

Maduro, 50, é um ex-motorista de ônibus e líder sindicalista venezuelano, que se aproximou do mandatário na década de 1990. Um dos aliados mais próximos do presidente, é muito popular entre os venezuelanos por causa de sua simpatia.

 

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