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29/12/2012 - 09h41

Primeiro-ministro japonês visita a central nuclear de Fukushima

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KARYN POUPEE
DA AFP, EM FUKUSHIMA

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, visitou neste sábado a central nuclear de Fukushima, três dias depois de tomar posse, em um gesto que pretende demonstrar sua determinação para superar a crise.

Depois dos antecessores Naoto Kan e Yoshihiko Noda, o conservador Abe é o terceiro chefe de governo em exercício a visitar o complexo atômico destruído por um violento terremoto e um tsunami em 11 de março de 2011.

Seguido por muitos jornalistas, Abe passou uma hora e meia no local conhecido como Fukushima Daiichi (Fukushima Nº1), um ano depois da estabilização do complexo, onde quatro dos seis reatores foram seriamente danificados e emitiram grandes quantidades de substâncias radioativas no ar, no solo e no mar.

Itsuo Inouye/Associated Press
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, visita o centro de urgências da Tepco, operadora da usina de Fukushima, atingida por tsunami em 2011
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, visita o centro de urgências da Tepco, operadora da usina de Fukushima, atingida por tsunami em 2011

"Obrigado a todos. É muito difícil, mas, graças a vocês, os trabalhos progridem no desmantelamento", disse Abe aos funcionários de Fukushima Daiichi. "Neste período de festas de fim de ano, apesar de ser difícil para suas famílias, trabalhem com ânimo e sejam responsáveis com segurança."

Vestido com um traje especial e uma máscara, Abe chegou de ônibus muito perto dos reatores 5 e 6, os menos afetados.

Abe conversou com vários funcionários ao lado do presidente da empresa Tepco, que opera a central nuclear. Ele transmitiu uma mensagem de "agradecimento e estímulo" aos trabalhadores que "enfrentam um desafio sem precedentes".

Depois de deixar a central, Abe destacou que as instalações estão "em uma fase de preparação para o desmantelamento".

"Quero acelerar ao máximo as operações, pois a revitalização de Fukushima é essencial para a revitalização do Japão", completou.

Quase 160 mil pessoas abandonaram a região contaminada e uma parte da área foi completamente desabitada.

Eleito em 26 de dezembro depois da vitória esmagadora do Partido Liberal Democrata (PLD, conservador) nas eleições legislativas do início do mês, Abe já expressou a intenção de reativar todos os reatores nucleares considerados seguros pela Autoridade de Regulamentação, uma entidade independente criada em setembro.

Mas no local do maior desastre nuclear desde Chernobyl em 1986, Abe foi prudente.

"Quero executar uma política energética responsável, o que significa que nos próximos três anos vamos fazer todo o possível para progredir no âmbito das energias alternativas, começando pelas renováveis, e assim definir nos próximos dez anos a melhor combinação energética".

Abe considera que, por razões econômicas, o Japão não pode renunciar à energia nuclear.

 

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