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Presidente de Israel pede retomada de negociações de paz com Abbas
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DA AFP
O presidente israelense, Shimon Peres, pediu neste domingo (30) que sejam retomadas as negociações com os palestinos, e afirmou que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, é um sócio com quem um acordo é possível.
Durante uma conversa com diplomatas israelenses em sua residência de Jerusalém, Peres declarou que o único meio de Israel de influenciar de maneira positiva na região é "concluindo um acordo de paz com os palestinos".
"Conheço Abu Mazen há 30 anos e ninguém mudará minha opinião sobre ele", afirmou, citando o nome de guerra de Mahmud Abbas.
"Muitos criticam as declarações de Abu Mazen, mas não há outros líderes árabes que atualmente se declarem a favor da paz, contra o terrorismo e por um Estado palestino desmilitarizado", acrescentou.
"Já não resta muito tempo", advertiu.
REPERCUSSÃO
As declarações provocaram uma forte reação do Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
"É lamentável que o presidente tenha escolhido expressar opiniões políticas pessoais contrárias à posição oficial israelense, que considera que Abu Mazen se recusa a negociar a paz", disse o partido em um comunicado.
"O primeiro-ministro pediu dezenas de vezes que Abu Mazen voltasse à mesa de negociações, enquanto este preferiu se unir ao Hamas contra Israel", acrescentou, referindo-se ao movimento islâmico que controla a Faixa de Gaza.
Abbas ameaçou esta semana dissolver a Autoridade Palestina e entregar a gestão da Cisjordânia a Israel se o governo que se formar no Estado hebreu após as eleições legislativas de janeiro de 2013 não tentar retomar as negociações.
A negociações de paz entre israelenses e palestinos estão estancadas desde setembro de 2010. Os palestinos exigem o fim da colonização, mas Israel recusa qualquer precondição.
Israel multiplicou seus anúncios de projetos de colonização na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental anexada, em represália contra a iniciativa do presidente Abbas na ONU que permitiu a incorporação da Palestina como Estado observador, em novembro.
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