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04/01/2013 - 05h00

Dado sugere maior venda de armas nos EUA

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RAUL JUSTE LORES
DE NOVA YORK

O número de pedidos de antecedentes criminais ao FBI, que serve como termômetro para a venda de armas nos Estados Unidos, disparou em dezembro, mês em que uma chacina que matou 20 crianças de 6 e 7 anos de idade chocou o país.

Em dezembro, 2.783.765 pedidos de antecedentes criminais foram registrados, ultrapassando o recorde anterior de novembro, de 2.006.119 pedidos.

Novembro e dezembro são tradicionalmente os meses de maior movimento no comércio americano, mas o salto em relação ao ano anterior foi bastante alto --49% a mais que em dezembro de 2011.

Os números de pedidos de antecedentes criminais não representam necessariamente o número de armas vendido, estatística que o FBI não monitora. Nem as transações feitas por pessoas físicas e colecionadores, apenas entre estabelecimentos com licença federal. Alguém com a certidão aprovada pode comprar várias armas.

Analistas sugerem que a alta tenha relação com o temor de que novas leis que dificultem a compra de armas no país sejam implantadas.

Haveria, assim, uma corrida de compras de armas para uso pessoal às vésperas de novas restrições.

As chacinas ocorridas em julho, dentro de um cinema em Aurora, no Colorado, e em dezembro, na escola primária Sandy Hook, em Newtown (Connecticut), aumentaram a pressão por mudanças na lei e mais restrições à venda de armas no país.

POUCO CONTROLE

O fato de que Adam Lanza, 20, usou as próprias armas adquiridas legalmente pela mãe para matá-la e depois matar 26 pessoas na escola em Newtown aumentou a pressão sobre Washington.

A senadora Dianne Feinstein, da Califórnia, já apresentou um projeto para dificultar a venda de armas.

O presidente Barack Obama nomeou o vice-presidente Joe Biden para liderar uma comissão que estude como restringir as vendas na prática no país.

Em 2012, os pedidos de antecedentes chegaram a 19.592.303, o maior número desde novembro de 1998, quando a exigência foi instituída, em um programa anterior para dificultar a venda de armas. O número foi 19% superior ao de 2011.

Críticos dizem que o sistema não funcionou. Apenas 0,006% das compras de armas foram negadas a partir das certidões, e só 0,00008% dos compradores foram processados por mentir no formulário, que pergunta se a pessoa que compra a arma é fugitiva da Justiça, se foi considerada mentalmente incapaz por instituição médica ou se tem pena a cumprir.

 

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