Vice venezuelano diz ter conversado com Dilma sobre posse

O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse ter falado horas antes com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que teria ratificado em telefonema "sua confiança na democracia" da Venezuela.

"Compartilhamos informações e critérios e ela ratificou toda sua confiança, sobretudo depois de conhecida a decisão do Tribunal Supremo de Justiça, no desenvolvimento da democracia venezuelana", disse o vice na TV, na abertura de uma reunião extraordinária de chanceleres do Petrocaribe, a iniciativa venezuelana que vende petróleo subsidiado a vizinhos, e Alba, o grupo liderado por Caracas que reúne também Cuba e Bolívia, entre outros.

O telefonema, de cerca de cinco minutos, ocorre um dia antes da data marcada para a posse de Chávez em seu quarto mandato como presidente. Dilma estava acompanhada do assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Dilma agradeceu a deferência do vice-presidente, segundo uma fonte ouvida pela Reuters. Maduro e o gabinete atual devem continuar trabalhando normalmente no novo mandato, após a decisão do Tribunal Supremo de Justiça desta quarta sobre a legalidade do adiamento da posse.

A TSJ determinou que o adiamento da posse de Chávez para o período de 2013 a 2019 é constitucional e determinou que tanto o presidente como seu gabinete continuem trabalhando no novo mandato que começa em 10 de janeiro.

No início da semana, Garcia havia afirmado a jornalistas que o Brasil não considera haver quebra constitucional na decisão de adiamento da posse e demonstrou que o Brasil apoia uma continuidade da gestão Chávez até o caso de se demonstrar sua incapacidade permanente para ocupar a Presidência.