Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/03/2013 - 11h41

Morte de Chávez pode acelerar abertura em Cuba, diz Yoani Sánchez

Publicidade

DA FRANCE PRESSE, EM MADRI

A morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, principal aliado de Havana na região, pode impulsionar reformas na ilha governada por Raúl Castro, disse a blogueira opositora cubana Yoani Sánchez à agência de notícias France Presse (AFP).

De acordo com ela, o novo governo de Caracas sem Chávez poderia cortar o amplo subsídio que Cuba recebe da Venezuela, o que levaria o regime castrista a se abrir ao exterior, já que seria difícil a ilha se manter sem ajuda.

A blogueira veio ao Brasil em fevereiro e sua chegada foi marcada por protestos de manifestantes favoráveis ao regime comunista da ilha nos aeroportos de Salvador e do Recife, por onde ela começou sua viagem ao país. Yoani também passou por São Paulo e Brasília.

VELÓRIO

Desde a manhã desta quinta (7), milhares de pessoas enfrentam filas quilométricas, com duração de até dez horas, para poder ver o corpo do mandatário por alguns segundos. O vice venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que o corpo do presidente Hugo Chávez será embalsamado e permanecerá em exposição, em uma urna de vidro, por mais seis dias. Depois, diz Maduro, o corpo ficará "eternamente" exposto, "como os de Lênin e Mao Tsé-tung", no futuro Museu da Revolução, em Caracas.

Os restos mortais do presidente chegaram à capela da Academia Militar na noite de quarta (6) e, desde então, formaram-se longas filas de aliados para se despedir do mandatário, muitos deles de vermelho (cor símbolo do chavismo) ou com fotos e bonecos de Chávez.

A Venezuela decretou luto oficial de sete dias. Outros 11 países também determinaram luto, que variou de um a sete dias --Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Haiti, Irã, Nicarágua, República Dominicana e Uruguai.

CORPO

Segundo pessoas que passaram pelo caixão, o corpo de Chávez foi vestido com um terno verde-oliva, cor de sua farda, e gravata preta, além da clássica boina vermelha que o acompanha desde quando era militar. Os visitantes dizem que o rosto dele tem expressão serena.

Os seguidores dizem que é possível ver metade do corpo pelo vidro, sendo que a bandeira venezuelana cobre o resto. Além da roupa, foi colocada uma faixa vermelha escrito "Milícia", em referência ao grupo de 120 mil civis que ele formou para o golpe de 1992.

MORTE

O chefe da guarda presidencial, general José Ornella, disse à agência de notícias Associated Press que Chávez pediu que não o deixassem morrer, horas antes de não resistir a um infarto. O infarto teria decorrido de complicações causadas pelo câncer na região pélvica, que o deixou internado por três meses antes de morrer, na tarde de terça (5).

Ele disse que o último pedido do dirigente foi feito apenas com os lábios, porque não podia falar.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página