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07/04/2013 - 11h18

Sobre tensão na Coreia, China diz que ninguém deve "provocar caos"

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A China demonstrou irritação neste domingo devido à tensão na península coreana e disse que nenhum país deve provocar o caos na região, em uma aparente referência à Coreia do Norte. Os chineses votaram a favor das sanções contra o regime do aliado Kim Jong-un, que hoje completam um mês.

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As restrições econômicas atingiram os principais líderes e a área militar do país comunista e foram resposta a um teste nuclear realizado em fevereiro. Após a medida, Pyongyang aumentou o discurso bélico e as ameaças contra Estados Unidos e Coreia do Sul, que fazem exercícios militares na região desde o início de março.

Nos últimos dias, Pequim se mostrou irritado com as ameaças norte-coreanas. Neste domingo, o presidente Xi Jinping falou indiretamente sobre o tema, em discurso na ilha de Hainan. "Nenhum país deve ter permissão para jogar uma região e mesmo o mundo inteiro no caos para ganho próprio, por egoísmo".

Para o mandatário chinês, a Ásia "enfrenta novos desafios e ameaças tradicionais e não tradicionais à segurança". Em comunicado, o Ministério do Interior também se disse preocupado e pediu aos norte-coreanos que "assegurem a segurança dos diplomatas chineses de acordo com as normas internacionais".

A solicitação é feita três dias depois de o governo norte-coreano dizer que não vai garantir a segurança das embaixadas depois de 10 de abril. Segundo a Coreia do Sul, a saída dos embaixadores seria uma preparação para o país lançar um míssil, no que pode ser um novo teste, no dia 15 de abril.

A data é a mesma do aniversário de Kim Il-Sung, avô de Kim Jong-un e fundador do regime comunista. Seul diz que os norte-coreanos posicionaram dois mísseis Mussudan, que tem alcance de 4.000 km, sendo capazes de atingir a Coreia do Sul, o Japão e a ilha americana de Guam, onde a segurança foi reforçada.

DESISTÊNCIA

Na noite de sábado, a emissora de televisão americana CNN informou que, para evitar que a tensão na Ásia aumente, os Estados Unidos adiaram o lançamento de um míssil balístico que seria feito na Califórnia nesta terça (9).

A informação também foi relatada pelas agências de notícias Reuters, France Presse e Associated Press, que ouviram funcionários do governo americano. A intenção é evitar provocações e uma ação mais incisiva do regime norte-coreano.

Neste domingo, o chanceler britânico, William Hague, pediu calma ao mundo em relação à retórica da Coreia do Norte, que chamou de "paranoica". Baseado em informações de diplomatas em Pyongyang, ele disse não ter indícios de que o país comunista esteja preparando uma guerra.

"O que está acontecendo já vimos outras vezes na história. É um regime que tem que justificar a intensa militarização de sua sociedade", disse, alertando sobre a possibilidade de um erro de cálculo do regime norte-coreano que possa desatar uma guerra.

Já o ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, disse que a exigência de saída do corpo diplomático por Pyongyang é inaceitável. "Há regras claras no direito internacional. Atiçar as tensões é algo irresponsável e constitui uma ameaça real para a paz e a segurança na região".

 

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