O Irã proibiu nesta semana as aulas de inglês no ensino fundamental das escolas públicas e privadas, após os líderes islâmicos considerarem que o ensino da língua abriu caminho para "a invasão cultural" do Ocidente.
"[O veto] devido à concepção de que o trabalho de base para a cultura iraniana dos estudantes é moldado no ensino fundamental", disse o chefe do Conselho de Alta Educação iraniano, Mehdi Navid-Adham, no sábado (6).
Oficialmente a língua começa a ser ensinada no ensino intermediário, de crianças de 12 a 14 anos, mas algumas escolas primárias, principalmente particulares, oferecem aulas extracurriculares para alunos menores.
Em 2016, o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, criticou o que chamou de "disseminação do inglês nas creches" e a considerou "uma promoção da cultura estrangeira entre crianças, jovens adultos e jovens".
"Pensadores ocidentais disseram uma e outra vez que, em vez de expansão colonialista, a melhor e mais barata maneira de submeter um povo é inocular o conhecimento e a cultura às gerações mais jovens."
Embora não haja menção a uma possível relação da medida com os protestos da oposição, a Guarda Revolucionária diz que os "inimigos externos" fomentaram a insurgência. Pelo menos 22 pessoas morreram e mais de mil foram presas nas manifestações, iniciadas no dia 28.
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