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Israelenses participam de treinamento contra ataque aéreo
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ALLYN FISHER-ILAN
DA REUTERS, EM JERUSALÉM
Israel lançou neste domingo um amplo treinamento contra possíveis ataques de grupos militares apoiados pelo Irã, no momento em que aumenta a tensão internacional em relação ao programa nuclear de Teerã.
Israel tem pedido fortes sanções econômicas contra o Irã por causa de seus planos nucleares. Contudo, aumenta cada vez mais as especulações de que israel já prepara uma ação militar contra as usinas nucleares iranianas --o país disse que todas as opções estão sendo avaliadas caso o problema não possa ser resolvido diplomaticamente.
Autoridades israelenses disseram que o exercício, que inclui soar sirenes de ataque aéreo na próxima quarta-feira (26), seria concentrado nas respostas das prefeituras a um cenário em que mísseis são lançados da faixa de Gaza, controlada pelo grupo islâmico radical Hamas, e por guerrilheiros do grupo radical xiita Hizbollah, do Líbano. Ambos são aliados do Irã.
Em declarações na reunião semanal do gabinete, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu descreveu o mais importante exercício de defesa civil de Israel como uma atividade de proteção rotineira e disse que o governo quer apenas "calma, estabilidade e paz".
As sirenes de ataque aéreo vão soar no país todo na quarta-feira, indicando que os israelenses devem ir para abrigos antibomba ou áreas seguras por dez minutos. Espera-se que a maior parte da população participe do exercício.
Num teste do sistema de aviso de emergência, o Comando da Frente Doméstica das forças armadas também enviará mensagens de texto que dirão "Tenha um bom dia" a proprietários de celulares em certas partes do país. O exército disse que a medida será para testar as comunicações.
Serviços de resgate ficarão em alerta de emergência e haverá uma distribuição parcial de máscaras de gás, além de exercícios de resposta a um ataque aéreo em escolas e hospitais.
O exercício de cinco dias foi chamado de "Ponto crítico 4" e causou nervosismo na região à medida que aumentam os esforços diplomáticos para controlar as ambições nucleares do Irã, que o Ocidente e Israel acreditam ter o objetivo de criar armas atômicas.
O Irã nega que seu programa de enriquecimento de urânio tenha por objetivo a produção de armas e diz que ele concentra-se unicamente na geração de energia. Acredita-se que Israel, que mantém política de ambiguidade declarada, tem o único arsenal atômico do Oriente Médio.
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