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Ex-guerrilheira americana é libertada no Peru
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DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
A americana Lori Berenson, ex-guerrilheira que cumpria desde 1995 uma condenação a 20 anos por terrorismo no Peru, deixou a prisão de Lima nesta quinta-feira (27), depois de ter conseguido liberdade condicional.
A americana foi condenada como cúmplice do grupo armado Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), por participar dos planos de atacar o Congresso Nacional no fim de 1995.
O MRTA foi um dos grupos de esquerda que, junto ao Sendero Luminoso, atuou no país nos anos 1980 e 1990.
A libertação de Lori contou com a oposição de vários membros do governo peruano. O ministro da Justiça, Víctor García Toma, sugeriu como solução comutar parte da pena e expulsá-la do país, proposta que ainda deve ser estudada.
"Como chefe de Estado, respeito as decisões do Poder Judiciário", disse o presidente Alan García. No entanto, sua voz era uma das poucas que chamavam à calma, em meio à indignação generalizada.
A rejeição a Berenson ocorre porque muitos peruanos lembram da americana sendo apresentada à imprensa pela polícia, desafiante e lançando chamados à luta armada.
Marcos Ibazeta, ex-magistrado antiterrorista, questionou a falta de caráter dos juízes que concederam liberdade condicional nos últimos anos a presos acusados de terrorismo, como Berenson.
"Os juízes não souberam analisar os critérios para conceder ou negar os benefícios penitenciários", queixou-se Ibazeta.
O congressista do Partido Nacionalista, Daniel Abugatás, disse que a decisão reflete "a crise do regime carcerário, no qual são concedidos benefícios penitenciários com base em opiniões que não são contundentes".
Berenson deverá permanecer no Peru até 2015, quando sua sentença estará completa. Entretanto, precisa seguir normas de boa conduta e não sair do país, segundo seu advogado e ex-marido, Aníbal Apari.
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