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28/05/2010 - 09h43

Japão vai expandir sanções contra Coreia do Norte

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O governo japonês anunciou que vai restringir os envios de dinheiro à Coreia do Norte e reforçar as sanções em vigor, uma semana depois que o país comunista foi acusado de responsabilidade no afundamento de um navio sul-coreano, em incidente que causou 46 mortes.

De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo, Tóquio rebaixará a três milhões de ienes (26,7 mil euros) os atuais dez milhões de ienes (89 mil euros) que são o limite do dinheiro que pode ser enviado do Japão à Coreia do Norte sem comunicação ao governo.

Além disso, as autoridades japonesas diminuíram o limite máximo de dinheiro não declarado permitido para viajantes que têm como destino a Coreia do Norte. O valor, que era de 300 mil ienes (2.670 euros) passou a 100 mil ienes (890 euros).

O primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, pediu a seu governo que reforce as sanções em vigor atualmente contra a Coreia do Norte, que proíbem as importações e exportações, de modo que não possam ser feitas através de outros países.

Hatoyama falou nesta sexta por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para acertar a recolocação de uma polêmica base americana no arquipélago japonês de Okinawa. Na ocasião os dois líderes aproveitaram a oportunidade para debater o conflito entre as Coreias.

Segundo a agência local Kyodo, os chefes de Estado dos dois países decidiram cooperar com Seul no caso da embarcação sul-coreana Cheonan, que afundou no dia 26 de março após ser atingido por um torpedo lançado por um submarino norte-coreano, segundo investigação internacional divulgada em Seul.

Retórica militar

O governo sul-coreano anunciou nesta quinta-feira que vai levar esse tema ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) na busca de possíveis novas sanções contra o regime comunista já na próxima semana.

Após a condução de exercícios militares sul-coreanos e o anúncio do cancelamento de pactos militares norte-coreanos que preveniam conflito militar, a tensão aumenta na península coreana com o aumento de troca de ameaças e deterioração das relações entre os dois países.

Em reação, o comandante do Exército americano na Coreia do Sul, o general Walter Sharp, criticou Pyongyang pelo naufrágio da corveta Cheonan, que matou 46 marinheiros sul-coreanos e disparou a crise, dizendo aos norte-coreanos que interrompam suas ações agressivas.

A agência de notícias sul-coreana Yonhap diz que Seul vai defender o projeto de sanções no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), ainda na próxima semana. Os EUA já endossaram o pedido.

Analistas veem o cancelamento de acordos de navegação e de prevenção de conflitos militares como uma reação drástica do regime comunista de Pyongyang à crise.

Mais cedo o país cancelou uma linha de comunicação que impedia que navios colidissem, dando a localização de embarcações norte-coreanas e sul-coreanas. Após o cancelamento, o governo do Norte deixou claro que qualquer entrada irregular de navios sul-coreanos em seu espaço marítimo seria retaliada com "ataques imediatos".

A marinha sul-coreana informou que os exercícios militares envolveram 10 embarcações de guerra, incluindo um destróier de 3.500 toneladas. Os navios dispararam fogo e bombas antissubmarinos.

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

 

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