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28/05/2010 - 13h35

Líder dos bispos italianos admite possibilidade de encobrimento de casos de pedofilia

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DA ANSA, EM ROMA

O presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Angelo Bagnasco, admitiu hoje a "possibilidade" de que abusos sexuais cometidos por religiosos do país tenham sido acobertados por alguns bispos.

"Se trata de uma coisa errada, que deve ser corrigida e superada", afirmou o prelado, durante o encerramento da 61ª Assembleia Geral da CEI, realizada entre a segunda-feira e hoje no Vaticano.

Bagnasco comentou que não serão instituídas comissões específicas para investigar as denúncias de pedofilia, e que cada bispo será o "referente" para as vítimas, podendo tomar decisões e iniciativas segundo a situação local.

O religioso também afirmou que até o momento não tem como dar maiores detalhes sobre os 100 procedimentos canônicos iniciados nos últimos dez anos sobre este crime na Itália, conforme anúncio feito na terça-feira pelo secretário-geral da CEI, Mariano Crociata.

O líder dos bispos declarou que durante toda sua carreira eclesiástica teve que atuar em somente um caso de suspeita de abuso sexual, na época em que era responsável pela diocese de Pesaro, na região central da Itália.

"Tinha sido designada uma situação para mim, na qual precisei verificar a confiabilidade de uma acusação, de uma voz, de um 'rumor'. Depois de uma avaliação detalhada e atenta, soube-se que não havia consistência na denúncia contra o sacerdote", apontou o cardeal.

O presidente da CEI se mostrou disponível a escutar as vítimas de pedofilia a qualquer momento, e assegurou que todos os bispos italianos devem agir como ele. As denúncias de abuso sexual, explicou Bagnasco, são "situações tão graves que exigem uma resposta imediata".

 

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