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29/05/2010 - 07h32

Taleban toma controle de distrito afegão na fronteira com o Paquistão

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DA EFE, EM CABUL

Rebeldes talebans tomaram neste sábado o controle do distrito de Bargi Matal, na fronteira com o Paquistão, após quase uma semana de combates, informaram fontes oficiais.

O distrito, na província oriental do Nuristão, "foi capturado pelos talebans. A polícia se retirou para evitar vítimas civis", disse o chefe da força de segurança fronteiriça, Zaman Mamozai.

"Nossas forças fizeram uma retirada tática em prol das baixas civis", explicou o chefe da polícia provincial, Qasim Paiman, que disse que os agentes estão se "mobilizando para retomar" o distrito e afirmou que as hostilidades prosseguem.

O porta-voz dos insurgentes, Zabiullah Mujahid, disse que a tomada do distrito após vários dias de enfrentamentos foi concluída neste sábado após uma dura batalha ao longo da noite.

Mujahid assegurou à Efe que "mais de 20 membros de forças afegãs" governamentais morreram nos combates.

Os policiais fugiram para as florestas próximas e os talebans começaram uma operação de busca para capturá-los, disse o porta-voz à agência "AIP".

Segundo a mesma fonte, um talibã morreu e cinco ficaram feridos nos confrontos.

Centenas de talibãs iniciaram o ataque contra Bargi Matal na segunda-feira. Nas fileiras insurgentes havia estrangeiros, e supostamente estava entre eles o líder paquistanês talibã conhecido como "maulana" Fazlulá.

Na terça-feira, fontes oficiais afegãs declararam que Fazlulá morreu nos conflitos, mas os talebans desmentiram.

"A polícia ofereceu forte resistência durante quase uma semana, mas o governo e as forças estrangeiras não ajudaram", disse à "AIP" um ex-administrador do distrito, identificado como Muhammad Ali.

Segundo a fonte, durante os combates houve apoio aéreo em apenas um momento, mas causou mais baixas entre os agentes policiais que aos próprios talebans.

Ali disse também que um grupo de idosos de Bargi Matal, do qual ele mesmo fazia parte, foi a Cabul para expor a situação ao ministro do Interior, Muhammad Hanif Atmar, mas "não foram enviados reforços" ao distrito.

"Por isso, o governo é responsável pelo desastre no distrito", acrescentou.

 

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