Rússia diz que terroristas tentam adquirir armas da ex-União Soviética

O chefe do serviço russo de segurança estatal, Alexander Bortnikov, declarou nesta quarta-feira que grupos terroristas tentam adquirir na ex-União Soviética materiais nucleares, químicos e biológicos para cometer atentados.

Bortnikov, chefe da FSB, principal sucessora da KGB, não deu maiores detalhes sobre as tentativas ou dos grupos que haviam buscado os materiais.

"Temos informações que mostram que os terroristas continuam tentando adquirir materiais nucleares, componentes bacteriológicos e químicos", declarou durante uma reunião com seus colegas da Comunidade de Estados Independentes (ex-URSS, menos os Países Bálticos e Geórgia).

"É muito importante que unamos nossos esforços para que sejam tomadas as medidas adequadas o quanto antes possível para antecipar e evitar o perigo", insistiu.

A queda da URSS e a posterior desordem política, econômica e social, sempre geraram temores que os componentes requeridos para fabricar bombas nucleares "sujas", químicas ou bacteriológicas, pudessem cair em mãos de movimentos extremistas.

A ameaça seria resultado de um aumento constatado no tráfico de material radioativo. A Agência Internacional de Energia Atômica registrou 1.562 incidentes com perda ou roubo de material nuclear entre 1993 e 2008. A maioria ocorreu na antiga União Soviética e 65% do material nunca foi recuperado.