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Governo alemão cogita redução de 40 mil soldados no seu Exército
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DA EFE, EM BERLIM
O governo da Alemanha planeja realizar grandes reformas nas Forças Armadas do país, dentre as quais uma redução de 40 mil soldados, anunciou nesta segunda-feira (7) a chanceler, Angela Merkel, ao revelar o plano de 80 bilhões de euros (R$ 178 bilhões) em cortes para reduzir o déficit do Estado.
A chanceler assinalou em Berlim que o ministro da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, já recebeu a incumbência de estudar antes de setembro um corte de 40 mil soldados no Exército alemão, atualmente formado por 250 mil militares.
Guttenberg terá de analisar junto a uma comissão os efeitos que esta redução de militares teria para o Exército, as missões no exterior e inclusive estudar a continuidade do serviço militar obrigatório.
Há apenas três semanas, o governo alemão aprovou reduzir o período de serviço militar obrigatório, a partir de 1º de julho, de nove para seis meses.
A proposta de Guttenberg contou com críticas tanto da União Democrata-Cristã (CDU) quanto da União Social-Cristã (CSU) bávara, partido do qual faz parte o ministro.
Afeganistão
O presidente alemão, Horst Köhler, anunciou no dia 31 sua renúncia, poucos dias após dar polêmicas declarações sobre o Afeganistão. Segundo ele, o motivo de sua saída seriam as críticas às suas declarações sobre a ação militar e os interesses comerciais da Alemanha no país.
Eleito para um segundo mandato no ano passado e aliado de Merkel, ele disse anteriormente que a Alemanha "depende em grande parte do comércio internacional", e que ações militares seriam necessárias para atender aos interesses de seu país, causando controvérsia.
A Alemanha tem 4.300 soldados no norte do Afeganistão e forma o terceiro maior contingente estrangeiro no país, atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido.
A câmara baixa do Parlamento alemão (Bundestag) aprovou, em fevereiro, o novo mandato para a missão do país no Afeganistão, que prevê a ampliação do contingente em 850 homens, até no máximo 5.350 soldados.
No final de abril, Merkel disse que uma saída apressada do Exército alemão do Afeganistão seria um acontecimento "mais catastrófico" que as consequências dos atentados terroristas ocorridos nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, pois colocaria o país afegão "no caos e na anarquia".
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