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Sanções da ONU ao Irã são "equívoco" e foram aprovadas por "birra", diz Lula
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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE NATAL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira em Natal que as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU ao Irã, em razão do controverso programa nuclear mantido por este país, são "um equívoco" ocasionado pela "birra" dos "donos do conselho".
"Em vez de chamarem o Irã para a mesa [de negociação], eles resolveram, na minha opinião, apenas por birra, manter as sanções, que vão terminar não tendo nenhuma implicação para o Irã", disse Lula.
"Eu fico triste. Espero que o companheiro [presidente iraniano, Mahmoud] Ahmadinejad continue tranquilo. Como diria o saudoso Leonel Brizola, isso [a sanção] foi uma vitória de Pirro", acrescentou o presidente.
"Vitória de Pirro" é uma expressão usada para mostrar que mesmo uma ação considerada como vitória (no caso, a sanção aos iranianos) pode trazer prejuízos.
O presidente chegou a comparar os países integrantes do Conselho a um "pai duro", que "às vezes, é obrigado a dar palmada no filho, mesmo que ele não mereça, para dizer: 'Sou o pai'". Lula declarou também que o Conselho de Segurança da ONU "jogou fora" uma oportunidade histórica de negociar tranquilamente o programa nuclear iraniano.
Ele citou o acordo nuclear feito por Brasil, Turquia e Irã, que foi apresentado à ONU, e disse que quem queria negociar era justamente o Irã. "Quem não queria [negociar] eram aqueles que acham que a força resolve tudo", criticou.
Lula deu entrevista no Centro de Convenções de Natal, após assinar um decreto para a construção de um aeroporto na cidade de São Gonçalo do Amarante, por meio de uma parceria público-privada.
SANÇÕES
O documento foi aprovado nesta quarta-feira pelo Conselho de Segurança com 12 votos a favor, apesar de Brasil e Turquia votarem contra a resolução.
Na abertura da sessão, que começou com mais de uma hora de atraso, às 12h15 (horário de Brasília), a embaixadora brasileira da ONU, Maria Luiza Viotti, afirmou que, "na nossa visão", a resolução "atrasará, em vez de acelerar, uma solução para a questão".
O Líbano se absteve de votar. Os outros 12 países do Conselho de Segurança foram favoráveis, aprovando a quarta rodada de sanções contra o Irã desde 2006.
As novas sanções devem vetar investimentos exteriores iranianos em atividades e instalações relacionadas com a produção de urânio, serão estabelecidas restrições na venda de armas convencionais ao Irã. Além disso, o país será proibido de fabricar mísseis balísticos com capacidade de carregar ogivas nucleares.
Também deve haver novas restrições às operações financeiras e comerciais com o Irã, além do reforço do regime de inspeções das cargas dos navios e aviões iranianos para evitar que burlem o embargo internacional.
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