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11/06/2010 - 16h42

EUA querem que órgão da ONU para direitos humanos se expresse sobre Irã

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REUTERS, EM GENEBRA

Os Estados Unidos disseram nesta sexta-feira estarem trabalhando para convencer membros do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) a expressar solidariedade com as vítimas da violência e repressão após a polêmica eleição do Irã.

A embaixadora dos EUA, Eileen Chamberlain Donahoe, disse esperar que o fórum de 47 membros adote uma declaração mais forte sobre o Irã na próxima semana.

"(A declaração) tem intenção de mostrar solidariedade com os defensores dos direitos humanos, ao invés de condenação ao governo", disse Donahoe à Reuters.

A declaração adicionará pressão ao Irã após a quarta rodada de sanções aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira para punir o país por seu polêmico programa nuclear.

Os EUA estão fazendo pressão para que outros países apoiem o texto, que deve ser apresentado na terça-feira, possivelmente pela Noruega, disseram fontes da ONU.

Donahoe disse que o objetivo é também destacar as condições dos iranianos um ano após a polêmica eleição presidencial, que provocou os maiores protestos de rua desde a Revolução Islâmica, de 1979.

"Estamos preocupados que, devido à violência e brutalidade do governo, eles estão sendo intimidados ao contar suas histórias", disse Donahoe. "A verdade não está saindo".

A oposição iraniana cancelou na quinta-feira uma manifestação para celebrar o aniversário da eleição por temores com a vida dos participantes diante de qualquer repressão do governo.

Eleições polêmicas

Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito em pleito do dia 12 de junho do ano passado, com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.

A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e cerca de 2.000 presos.

A maioria deles já foi libertada, mas mais de 80 foram condenados à até 15 anos de prisão por participação nos protestos e na violência após o pleito, segundo o Judiciário. Onze pessoas foram condenadas à morte.

A oposição chegou a denunciar abusos nos presídios contra os opositores, mas a acusação foi rejeitada por Teerã.

O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.

 

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