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06/07/2010 - 23h23

UE proíbe voos da Iran Air; Irã nega que países recusaram abastecer seus aviões

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A União Europeia proibiu dois terços das aeronaves da Iran Airlines de sobrevoar seu espaço aéreo, alegando questões de segurança e negando qualquer ligação com as sanções impostas ao Irã por seu programa nuclear.

Enquanto isso, a Chancelaria do Irã afirmou nesta terça-feira que os aviões iranianos continuam sendo reabastecidos em aeroportos ao redor do mundo, negando notícias anteriores de que suas aeronaves não teriam recebido combustível na Alemanha, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos devidos às sanções impostas pelos EUA ao país persa.

O jornal "Financial Times" disse que a gigante British Petroleum (BP) tinha parado de abastecer os aviões iranianos, decisão que engrossaria a lista de empresas rompendo negócios com o Estado islâmico em meio à tentativa americana de isolar Teerã por seu programa nuclear.

Os EUA querem pressionar Teerã a suspender seu programa nuclear. Washington suspeita que o programa tenha como objetivo a fabricação de uma bomba atômica, mas o Irã insiste que tem fins meramente pacíficos.

O porta-voz da Chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, chamou as notícias de "guerra psicológica". "As notícias não estão corretas. Nenhuma limitação desse tipo foi imposta", disse Mehmanparast em entrevista coletiva.

"A divulgação de notícias imprecisas é feita com a intenção de criar uma atmosfera negativa. É como uma guerra psicológica contra nosso povo."

Seus comentários pareceram ignorar o fato de que as primeiras notícias sobre a proibição do abastecimento vieram à tona na segunda-feira, partindo de uma alta autoridade iraniana. O secretário da União das Empresas Aéreas Iranianas foi citado pela agência de notícias Isna dizendo que Reino Unido, Alemanha e Emirados Árabes Unidos tinham negado combustível à Iran Air e à Mahan Airlines.

VOOS PROIBIDOS

A União Europeia proibiu a maioria dos voos operados pela Iran Air de sobrevoar o espaço aéreo de seus 27 países membros, alegando preocupações com segurança e enfatizando, nesta terça-feira, que a decisão não tem relação com as sanções.

O bloco de 27 países também aliviou restrições a duas empresas aéreas da Indonésia e pôs uma empresa do Suriname em sua lista-negra de transportadoras suspeitas de não atenderam aos padrões de segurança internacionais.

A lista de 278 empresas aéreas --a maioria pequenas companhias da África e Ásia-- foi estabelecida em 2006 e atualizada regularmente.

Os Boeing 727 e 747 da Iran Air, bem como os Airbus 320, foram colocados na lista-negra após auditoria de segurança, disse a porta-voz da Comissão de Transporte, Helen Kearns.

Kearns negou que a decisão, que afeta dois terços da frota da Iran Air, tenha relação com as sanções internacionais impostas ao Irã.

Ele assegurou aos passageiros que os voos para a Europa não serão afetados, já que a companhia vai usar os Airbus aprovados para voar para lá.

Segundo Kearns, mais duas transportadoras indonésias, Metro Batavia e Indonesia Air Asia, foram retiradas da lista-negra, aumentando para seis o número de empresas aéreas indonésias que podem operar na Europa.

Três anos atrás, após vários acidentes fatais, as empresas aéreas indonésias foram proibidas no espaço aéreo europeu.

A Blue Wings Airlines, do Suriname, foi incluída na lista-negra europeia. Apesar de não voar para a Europa, a empresa tem rotas para as Antilhas Holandesas e a Guiana Francesa.

IRAN AIR

A Iran Air tem dificuldades de manter propriamente suas velhas aeronaves compradas nos anos 1970, por causa de uma proibição de 30 anos dos EUA contra a venda de peças.

A empresa aérea --junto com uma transportadora de cargas e uma subsidiária de baixo custo-- tem mais de 60 aeronaves em seu inventário. Planos sugerem que os velhos aviões seriam substituídos por Tu-204 fabricados pela Rússia, a partir de 2011.

A Iran Air voa para cerca de 60 destinos, a maioria na Ásia e Europa.

Em Teerã, um porta-voz da Iran Air, Shahrokh Nooshabadi, chamou a decisão da UE de "injusta", dizendo que a companhia continua contatos para tentar retirar a proibição, segundo a agência de notícias oficial Irna.

Nooshabadi disse que a empresa respondeu a um questionário da UE sobre segurança de sua frota "de forma precisa".

 

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