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09/07/2010 - 09h20

Homem-bomba mata mais de 50 em ataque contra governo no Paquistão

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um homem-bomba em uma motocicleta matou mais de 50 pessoas, incluindo mulheres e crianças, em um ataque contra o escritório de uma autoridade do governo paquistanês na região noroeste de Mohmand, onde forças de segurança ampliaram os ataques a militantes do Taleban nas últimas semanas.

O número de vítimas pode aumentar e a agência de notícias Reuters fala em ao menos 56 mortos. A France Presse diz que há ainda ao menos 104 feridos.

K. Parvez/Reuters
Tratores removem escombros de lojas e casas destruídas por explosão no Paquistão; ao menos 50 morreram
Tratores removem escombros de lojas e casas destruídas por explosão no Paquistão; ao menos 50 morreram

"Eu era o alvo, quiseram me matar, mas por sorte eu não estava no escritório", disse Rasool Khan, agente político que trabalha no local.

Khan disse que ainda estão sendo retiradas pessoas presas nos escombros das lojas destruídas. O ataque ocorreu enquanto vários civis esperavam na porta para receber alimento e ajuda do Programa Mundial de Alimentos, da ONU (Organização das Nações Unidas).

Entre os feridos estavam pessoas desalojadas pelos conflitos entre forças de segurança e militantes que procuravam assistência perto do local da explosão. Moradores locais disseram que cinco crianças, entre cinco e dez anos, e várias mulheres estavam entre os mortos.

Segundo Maqsood Ahmed, alto funcionário da administração local, a explosão destruiu ainda o muro de uma prisão local e permitiu a fuga de ao menos 28 detentos.

"A explosão foi muito violenta, vários edifícios e tendas próximos ao local desmoronaram", disse um oficial do Exército que isolava o local.

"As pessoas gritavam, havia destroços de corpos por toda parte", contou por telefone Raj Wali, 23, testemunha do ataque.

Em 2009, o Paquistão lançou duas grandes ofensivas no noroeste contra militantes do grupo islâmico Taleban, que mataram centenas de pessoas em ataques retaliatórios no país.

Mohmand é um dos sete distritos que integram o cinturão noroeste do Paquistão, na conflituosa fronteira com o Afeganistão e reconhecido reduto de militantes que fogem das forças internacionais em ação no solo afegão.

O ataque, um dos mais mortais deste ano, é um duro sinal não só a Islamabad, como às forças internacionais, de que os militantes continuam uma força poderosa no cinturão tribal paquistanês. Os Estados Unidos pressionam o Paquistão a ampliar o combate aos militantes, que planejariam ataques às tropas internacionais no Afeganistão.

 

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