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ONU condena ataque a navio sul-coreano, mas poupa Coreia do Norte
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DE SÃO PAULO
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou nesta sexta-feira o ataque de torpedo que levou ao naufrágio do navio de guerra sul-coreano Cheonan e à morte de 46 de seus marinheiros.
Uma investigação sul-coreana condenou a Coreia do Norte por lançar o ataque, mas o Conselho preferiu não fazer uma acusação direta a Pyongyang na declaração. O ato foi uma clara concessão a China, aliada do regime comunista norte-coreano e membro permanente --e com poder de veto-- do Conselho.
Na declaração, adotada unanimemente pelos 15 membros, o Conselho expressou "grande preocupação" com as descobertas da investigação sul-coreana de que o ataque veio de um submarino da Coreia do Norte, mas se manteve em cima do muro ao ressaltar que o regime de Pyongyang negou responsabilidade.
O documento pede ainda por "medidas apropriadas e pacíficas contra os responsáveis", novamente sem identificar diretamente a Coreia do Norte e nem detalhar que tipo de medida.
Um inquérito concluiu que um torpedo norte-coreano afundou a corveta Cheonan em 26 de março, matando 46 marinheiros sul-coreanos. Pyongyang nega responsabilidade por isso e afirma que os resultados da investigação sul-coreana estão incorretos.
O Conselho de Segurança tem discutido há semanas uma possível repreensão à Coreia do Norte, mas a China mostrou-se relutante a permitir qualquer crítica direta que possa provocar retaliação do país vizinho. Assim como Rússia, EUA, Reino Unido e França, a China é membro permanente do Conselho de Segurança, tem poder de veto e é capaz de bloquear qualquer iniciativa do conselho.
Uma comissão internacional realizada por cinco países ocidentais (Austrália, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Suécia) também realizou uma investigação e concluiu que a corveta Cheonan foi atingida por um torpedo proveniente de um submarino norte-coreano.
A Rússia, contudo, indicou recentemente que uma equipe de especialistas enviados à região para fazer uma nova análise teria concluído que os indícios da culpa da Coreia do Norte não são tão claros quanto os países ocidentais apontaram inicialmente.
A China também já havia manifestado dúvidas quanto aos resultados da investigação internacional, apesar de "respeitar" o relatório e as respostas de cada país ao incidente.
COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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