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ONU celebra compromisso cubano de libertar presos políticos
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DE SÃO PAULO
A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, comemorou nesta sexta-feira o anúncio de Cuba de que vai libertar 52 presos políticos e a decisão do dissidente cubano Guillermo Fariñas de abandonar sua greve de fome de 135 dias.
"São passos muito importantes em direção ao respeito aos direitos humanos", disse Rupert Colville, porta-voz de Pillay.
A alta comissária da ONU fez contato há vários meses com as autoridades cubanas com relação aos casos dos opositores em greve de fome e defendeu a via do diálogo na busca de uma solução.
A libertação foi resultado de um acordo entre o governo cubano e a Igreja Católica de Cuba. Segundo o Arcebispado, os presos Nelson Molinet, Claro Sánchez, José Daniel Ferrer García, Marcelo Manuel Cano Rodríguez, Ángel Juan Moya Acosta e Luis Enrique Ferrer García foram libertados nesta quinta-feira.
Todos os seis são presos detidos na Primavera Negra de 2003 e considerados como vítimas de perseguição política pela Anistia Internacional. Eles foram deslocados para prisões próximas a seus domicílios.
O governo de Cuba também informou a libertação iminente de cinco presos políticos, cujas identidades não serão reveladas até o momento em que eles serão levados para a Espanha --que concedeu asilo político a todos os libertados.
Os outros prisioneiros devem ser libertados gradualmente, dentro de quatro meses. Todos fazem parte do chamado "Grupo dos 75" --condenados a penas de até 28 anos de prisão na onda repressiva da Primavera Negra de 2003.
Fariñas
Colville disse ainda que Pillay está satisfeita com o fim provisório da greve de fome de Fariñas, que decidiu adiar seu protesto durante o prazo dado pelo regime cubano para libertar aos presos.
O dissidente iniciou a greve de fome após a morte do preso político Orlando Zapata, como forma de exigir a liberdade de 25 opositores presos doentes.
Ele próprio teve sua própria saúde muito debilitada pela falta de ingestão de alimentos. Um médico informou no fim de semana passado que o dissidente cubano estava em "perigo potencial de vida" devido a um coágulo na veia jugular que complicou sua saúde.
Há quatro dias, o próprio Fariñas divulgou uma mensagem em que se dizia "consciente" da possibilidade de uma morte próxima, pela qual apontou Fidel e Raúl Castro como responsáveis.
Esta é a 23ª greve de fome do jornalista e psicólogo, Fariñas, 48, que já passou 11 anos na prisão. Ele considerava-se 'um filho da revolução', já que seu pai lutou com Che Guevara no Congo, em 1965, e ele mesmo serviu na campanha de Angola, em 1981. Segundo o próprio, se tornou opositor em 1989, depois que o então popular general Arnaldo Ochoa, condenado por corrupção e narcotráfico, foi fuzilado.
COM EFE, EM GENEBRA (SUÍÇA)
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