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09/07/2010 - 12h17

Sobe para 65 número de mortos em ataque a bomba no Paquistão

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ao menos 65 pessoas morreram e outras 112 ficaram feridas nesta sexta-feira, em um atentado suicida contra uma autoridade do governo paquistanês na região noroeste de Mohmand, segundo novo balanço das autoridades locais.

O ataque ocorreu enquanto vários civis esperavam na porta para receber alimentos do Programa Mundial de Alimentos da ONU (Organização das Nações Unidas) e cadeiras de roda. O local fica ainda em frente a um mercado da localidade de Yakaghund, no distrito de Mohmand.

K. Parvez/Reuters
Homens procuram por possíveis sobreviventes sob escombros de edifícios em Mohmand, no noroeste do Paquistão
Homens procuram por possíveis sobreviventes sob escombros de edifícios em Mohmand, no Paquistão

"Eu era o alvo, quiseram me matar, mas por sorte eu não estava no escritório", disse Rasool Khan, agente político que trabalha no local.

A agência de notícias Efe disse que foram duas explosões simultâneas, uma no meio do mercado e outra em frente ao escritório de Khan, onde 150 pessoas tinham se concentrado para vê-lo.

Segundo a polícia, 30 veículos, 60 lojas e outros edifícios ficaram gravemente danificados pelas explosões.

Entre os feridos estavam pessoas desalojadas pelos conflitos entre forças de segurança e militantes que procuravam assistência perto do local da explosão. Moradores locais disseram que cinco crianças, entre cinco e dez anos, e várias mulheres estavam entre os mortos.

Os feridos, muitos deles em estado crítico, foram transferidos em ambulâncias a hospitais de Peshawar, dada à ausência de bons hospitais na região.

Segundo Maqsood Ahmed, alto funcionário da administração local, a explosão destruiu ainda o muro de uma prisão local e permitiu a fuga de ao menos 28 detentos.

"A explosão foi muito violenta, vários edifícios e tendas próximos ao local desmoronaram", disse um oficial do Exército que isolava o local.

"As pessoas gritavam, havia destroços de corpos por toda parte", contou por telefone Raj Wali, 23, testemunha do ataque.

K. Parvez/Reuters
Tratores removem escombros de lojas e casas destruídas por explosão no Paquistão; ao menos 50 morreram
Tratores removem escombros de lojas e casas destruídas por explosão no Paquistão; ao menos 50 morreram

O primeiro-ministro paquistanês, Yousef Razá Guilani, condenou o atentado e ordenou a abertura de uma investigação para esclarecer o ocorrido, segundo um comunicado divulgado por seu escritório.

Em outra nota oficial, o titular de Relações Exteriores, Shah Mehmood Qureshi, assegurou que "nunca se permitirá ao terrorismo triunfar em seus vis objetivos" e ressaltou que "o governo e o povo do Paquistão estão comprometidos em erradicar esta ameaça".

Em 2009, o Paquistão lançou duas grandes ofensivas no noroeste contra militantes do grupo islâmico Taleban, que mataram centenas de pessoas em ataques retaliatórios no país.

Mohmand é um dos sete distritos que integram o cinturão noroeste do Paquistão, na conflituosa fronteira com o Afeganistão e reconhecido reduto de militantes que fogem das forças internacionais em ação no solo afegão.

O ataque, um dos mais mortais deste ano, é um duro sinal não só a Islamabad, como às forças internacionais, de que os militantes continuam uma força poderosa no cinturão tribal paquistanês.

Os Estados Unidos pressionam o Paquistão a ampliar o combate aos militantes, que planejariam ataques às tropas internacionais no Afeganistão. Washington considera as zonas tribais paquistaneses como o principal santuário da Al Qaeda, e a "região mais perigosa do mundo".

 

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