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Sobe para 65 número de mortos em ataque a bomba no Paquistão
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Ao menos 65 pessoas morreram e outras 112 ficaram feridas nesta sexta-feira, em um atentado suicida contra uma autoridade do governo paquistanês na região noroeste de Mohmand, segundo novo balanço das autoridades locais.
O ataque ocorreu enquanto vários civis esperavam na porta para receber alimentos do Programa Mundial de Alimentos da ONU (Organização das Nações Unidas) e cadeiras de roda. O local fica ainda em frente a um mercado da localidade de Yakaghund, no distrito de Mohmand.
K. Parvez/Reuters | ||
Homens procuram por possíveis sobreviventes sob escombros de edifícios em Mohmand, no Paquistão |
"Eu era o alvo, quiseram me matar, mas por sorte eu não estava no escritório", disse Rasool Khan, agente político que trabalha no local.
A agência de notícias Efe disse que foram duas explosões simultâneas, uma no meio do mercado e outra em frente ao escritório de Khan, onde 150 pessoas tinham se concentrado para vê-lo.
Segundo a polícia, 30 veículos, 60 lojas e outros edifícios ficaram gravemente danificados pelas explosões.
Entre os feridos estavam pessoas desalojadas pelos conflitos entre forças de segurança e militantes que procuravam assistência perto do local da explosão. Moradores locais disseram que cinco crianças, entre cinco e dez anos, e várias mulheres estavam entre os mortos.
Os feridos, muitos deles em estado crítico, foram transferidos em ambulâncias a hospitais de Peshawar, dada à ausência de bons hospitais na região.
Segundo Maqsood Ahmed, alto funcionário da administração local, a explosão destruiu ainda o muro de uma prisão local e permitiu a fuga de ao menos 28 detentos.
"A explosão foi muito violenta, vários edifícios e tendas próximos ao local desmoronaram", disse um oficial do Exército que isolava o local.
"As pessoas gritavam, havia destroços de corpos por toda parte", contou por telefone Raj Wali, 23, testemunha do ataque.
K. Parvez/Reuters | ||
Tratores removem escombros de lojas e casas destruídas por explosão no Paquistão; ao menos 50 morreram |
O primeiro-ministro paquistanês, Yousef Razá Guilani, condenou o atentado e ordenou a abertura de uma investigação para esclarecer o ocorrido, segundo um comunicado divulgado por seu escritório.
Em outra nota oficial, o titular de Relações Exteriores, Shah Mehmood Qureshi, assegurou que "nunca se permitirá ao terrorismo triunfar em seus vis objetivos" e ressaltou que "o governo e o povo do Paquistão estão comprometidos em erradicar esta ameaça".
Em 2009, o Paquistão lançou duas grandes ofensivas no noroeste contra militantes do grupo islâmico Taleban, que mataram centenas de pessoas em ataques retaliatórios no país.
Mohmand é um dos sete distritos que integram o cinturão noroeste do Paquistão, na conflituosa fronteira com o Afeganistão e reconhecido reduto de militantes que fogem das forças internacionais em ação no solo afegão.
O ataque, um dos mais mortais deste ano, é um duro sinal não só a Islamabad, como às forças internacionais, de que os militantes continuam uma força poderosa no cinturão tribal paquistanês.
Os Estados Unidos pressionam o Paquistão a ampliar o combate aos militantes, que planejariam ataques às tropas internacionais no Afeganistão. Washington considera as zonas tribais paquistaneses como o principal santuário da Al Qaeda, e a "região mais perigosa do mundo".
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