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13/07/2010 - 15h07

Mais quatro presos políticos cubanos chegarão a Madri amanhã, diz Espanha

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DE SÃO PAULO

O ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, afirmou que mais quatro presos políticos cubanos devem chegar nesta quarta-feira no país. Na manhã desta terça-feira, sete ex-prisioneiros, acompanhados de seus familiares, chegaram à capital espanhola em busca de liberdade e asilo.

Veja quem são os sete prisioneiros políticos libertados por Cuba

O acordo, fechado entre Havana e a Igreja Católica e Espanha, inclui ainda a libertação de mais 41 prisioneiros em um prazo máximo de quatro meses.

O ministro não revelou a identidade dos novos presos e nem o horário em que devem chegar ao país. Eles devem viajar, contudo, na tarde desta terça-feira da capital cubana, Havana, em um voo comum.

Todos os trâmites de libertação estão sendo feitos de maneira sigilosa, com a confirmação dos nomes apenas após a chegada dos dissidentes e segredo sobre o destino deles.

O primeiro grupo de sete prisioneiros políticos chegou em dois voos separados na manhã desta terça-feira a Madri, na Espanha.

Os seis primeiros --Lester Gonzalez, Omar Ruiz, Antonio Villarreal, Julio Cesar Galvez, Jose Luis Garcia Paneque e Pablo Pacheco-- chegaram às 12h49 (7h49 em Brasília), em um voo Havana-Madri da Air Europa, que aterrissou no aeroporto de Barajas.

O sétimo, Ricardo Gonzalez Alfonso, chegou aproximadamente às 13h (9h em Brasília) em um voo da Iberia.

DESTINOS

O Arcebispado de Havana afirmou nesta segunda-feira que 20 dissidentes presos aceitaram ir para Espanha, ao anunciar mais três novas libertações que devem acontecer "em breve". Desde quinta-feira passada (8), 17 nomes tinham sido confirmados.

Segundo parentes e dissidentes, o próprio cardeal Jaime Ortega, máxima autoridade católica da ilha, entrou em contato por telefone com presos para consultar sobre a ida ou não à Espanha.

A Igreja afirma ainda que outros 13 ativistas opositores e dissidentes presos serão libertados em breve. Não ficou claro se os demais presos que forem soltos poderão ficar em Cuba ou serão forçados a ir para outro país.

A dúvida agora é sobre o que acontecerá com os que decidirem continuar em Cuba. Segundo afirmaram no domingo passado (11) as Damas de Branco (grupo que reúne parentes dos dissidentes), seis dos até agora consultados disseram querer continuar na ilha.

Durante o fim de semana, os presos que devem deixar o país em breve foram agrupados numa prisão de Havana, onde passaram por exames médicos e tiveram a documentação preparada para viajar. Eles receberam roupas das autoridades cubanas e outros itens de uso pessoal que possam ser úteis.

Algumas famílias já receberam nesta segunda-feira um aviso de agentes da segurança do Estado cubano para que estejam prontas para partir.

Durante o fim de semana passado, as famílias de presos de libertação iminente que vivem em províncias fora de Havana foram transferidas a dependências oficiais na capital cubana.

DIÁLOGOS

Esta é a maior libertação de presos políticos desde que o presidente Raúl Castro assumiu o poder, em fevereiro de 2008, das mãos de seu irmão Fidel Castro. O ex-ditador liberou 101 presos políticos pouco depois da visita histórica do papa João Paulo 2º à ilha, em 1998.

Na quarta-feira passada (7), a Igreja Católica cubana anunciou que o governo concordou em libertar 52 presos políticos, em uma grande concessão à pressão internacional para melhorar as condições de direitos humanos na ilha.

Os 52 homens estavam entre 75 dissidentes políticos presos na Primavera Negra de 2003, em uma ação enérgica do governo cubano contra os opositores que prejudicou suas relações diplomáticas. Eles cumprem penas que variam de 13 a 24 anos de prisão por violar as leis cubanas destinadas a conter a oposição, e o que o governo chama de atividades subversivas.

Outros já foram soltos, a maioria por motivos de saúde. Com a nova libertação, o número de dissidentes atrás das grades cairia para cerca de cem.

COM EFE, EM MADRI (ESPANHA)

 

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