Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/07/2010 - 20h35

Familiares buscam restos de duas vítimas da ditadura boliviana

Publicidade

DA ANSA, EM LA PAZ

Familiares de vítimas de crimes cometidos durante a ditadura boliviana reiteraram nesta quinta-feira seu pedido aos militares para que revelem o paradeiro dos restos de Marcelo Quiroga Santa Cruz, fundador do Partido Socialista, e do dirigente sindical Carlos Flores.

Ambos foram mortos na sede da Central Operária Boliviana (COB) no dia em que ocorreu o último golpe militar no país, em 17 de julho de 1980. O primeiro, em 1964, instaurou o regime, que durou até 1982. De 1977 até o final da ditadura ocorreram quatro golpes.

Cristina Trigo, viúva de Quiroga Santa Cruz, declarou que está "disposta a seguir adiante" e que vai "seguir lutando". Já Olga Flores, irmã do dirigente sindical, disse que irá "continuar com este calvário até esgotar todos os recursos legais para encontrar os restos" de seu parente.

A Justiça boliviana ordenou por duas vezes a abertura dos arquivos militares, mas as Forças Armadas apelaram da primeira decisão e até o momento não cumpriram a segunda, já que o Ministério Público mudou de forma inesperada o procurador designado para o caso.

Olga Flores também anunciou que "uma comissão da verdade" será criada para esclarecer os crimes daquela época. Ela informou ainda que os familiares dos desaparecidos políticos pedirão à ONU que seja designado um relator "para o caso da impunidade na Bolívia".

O pedido é feito um dia após o governo boliviano anunciar que o Estado indenizará mais de seis mil bolivianos ou seus familiares por crimes dos regimes militares do país. De acordo com o Ministério da Justiça, as pessoas que serão ressarcidas passarão a ser notificados.

Estima-se, segundo dados locais, que mais de 150 pessoas foram mortas ou desapareceram durante o regime militar desse país.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página