Alta Corte britânica nega pedido de fiança ao "Estripador de Yorkshire"

A Alta Corte de Londres, no Reino Unido, negou nesta sexta-feira o pedido de fiança e determinou que Peter Sutcliffe, 63, conhecido como "Estripador de Yorkshire", terá que permanecer sob custódia o resto da vida. Sutcliffe é acusado de matar ao menos 13 mulheres e está há 30 anos em uma instituição psiquiátrica britânica.

Um dos maiores criminosos do Reino Unido, Sutcliffe foi condenado em 1981 a 20 penas de prisão perpétua por ter matado com facas, martelos e chaves de fenda 13 mulheres --em sua maioria prostitutas-- e por sete tentativas de assassinato em Yorkshire, região do norte da Inglaterra. Na época, o juiz não determinou um tempo mínimo de prisão, mas recomendou ao menos 30 anos.

Sua primeira vítima, Wilma McCann, 28, foi morta em 30 de outubro de 1975, em Leeds. Os outros crimes se sucederam, até 3 de janeiro de 1981, quando foi preso durante uma operação policial de rotina. Ele é mantido no Hospital Psiquiátrico de Alta Segurança Broadmoor.

A Alta Corte ditou que o ex-caminhoneiro originário de Bradford (oeste de Yorkshire) termine sua vida preso, descartando qualquer possibilidade de libertação.

"Esta foi uma campanha de assassinato que aterrorizou a população de uma grande parte de Yorkshire por muitos anos. A única explicação para isso, no veredicto do júri, foi raiva, ódio e obsessão. É difícil conceber as circunstâncias nas quais um homem pode fazer tantas vítimas. Estas circunstâncias por si só tornam apropriado uma pena perpétua", disse o juiz da corte, John Mitting.