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20/07/2010 - 10h57

Hillary ressalta papel das mulheres no processo de paz no Afeganistão

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O trabalho das mulheres afegãs será essencial para o avanço do Afeganistão e para consolidar um processo de paz justo e verdadeiro, afirmou nesta terça-feira a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em meio à Conferência de Cabul, evento que reuniu mais de 70 países e organizações para discutir a situação do país.

"Falo por experiência quando digo que o trabalho das mulheres afegãs e dos grupos surgidos na sociedade civil será fundamental para o êxito do país", disse Hillary. "Se estes grupos receberem o poder que necessitam para participar do processo de paz, o farão. Se os reduzimos ao silêncio o os empurramos às margens da sociedade afegã, as perspectivas de paz e justiça ficarão mais distantes".

Hillary saudou ainda a declaração do presidente afegão, Hamid Karzai, que prometeu que os direitos das mulheres, das minorias étnicas e dos grupos que representam a sociedade civil não serão sacrificados pelo processo de paz.

Antes da conferência, Hiilary abordou o mesmo tema ao receber dez mulheres responsáveis por ONGs afegãs na embaixada americana.

"A todos nos é conveniente um Afeganistão estável, em paz e seguro, em particular às mulheres e às crianças", disse Hillary. "Mas isto não pode ser feito às custas das mulheres".

"Nós queremos a paz com a Justiça", respondeu Fawzia Koofi, ex-legisladora.

A primeira mulher que apresentou uma candidatura para a Presidência afegã, a ex-ministra Masuda Jalal, afirmou um junho passado que iniciar conversas de paz com os talebans seria péssimo para os direitos das mulheres no país.

Hillary fez da igualdade de gênero e direitos das mulheres um dos seus principais temas políticos desde a época de primeira-dama (1993-2001). Agora representante máxima da diplomacia americana, ela menciona o assunto em quase todas as viagens.

Em seu discurso nesta terça-feira, Hillary anunciou um plano para promover a igualdade entre homens e mulheres no Afeganistão, buscando o apoio de líderes religiosos locais. Ela também revelou vários novos programas que visam melhorar a saúde das mães e das crianças.

O governo dos EUA vai investir US$ 37 milhões durante os próximos quatro anos para aumentar o número de mulheres nas profissões de saúde, dando prioridade para as parteiras.

Segundo a ONG Save the Children, o Afeganistão é o pior lugar no mundo para ser mãe. A expectativa média de vida de uma mulher afegã é de 44 anos e a taxa de mortalidade materna é uma das mais altas do mundo --uma em cada oito mulheres morre durante o gravidez ou parto.

A taxa de analfabetismo feminino é também muito elevado, apesar dos progressos registados nos últimos anos.

 

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