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21/07/2010 - 08h58

Hillary declara apoio a Seul e anuncia novas sanções contra Coreia do Norte

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DE SÃO PAULO

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciou nesta quarta-feira novas sanções relativas à venda ou à compra de armas e produtos afins utilizados para financiar as atividades nucleares da Coreia do Norte.

As sanções unilaterais chegam semanas após os Estados Unidos terem de ceder à pressão da China, principal aliada de Pyongyang, e aprovar uma condenação pouco explícita contra o país no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

Paul J. Richards/AP
Secretária de Estado americano, Hillary Clinton, anuncia novas sanções contra o regime norte-coreano
Secretária de Estado americano, Hillary Clinton, anuncia novas sanções contra o regime norte-coreano

Os EUA, assim como a Coreia do Sul, queriam uma condenação e punição pelo naufrágio do navio de guerra sul-coreano Cheonan, que matou 46 marinheiros e foi causado, segundo investigação, por um torpedo norte-coreano. Mas a Coreia do Norte nega qualquer envolvimento e ameaça de guerra se for punida por isso.

O alerta americano contra os gestos tidos como provocativos de Pyongyang não poderia ser mais claro. Hillary anunciou as medidas ao lado do secretário de Defesa, Robert Gates, durante uma visita à Coreia do Sul, onde anunciaram ainda exercícios militares conjuntos no mar Amarelo, na disputada fronteira marítima entre as Coreias.

As sanções são destinadas a isolar ainda mais Pyongyang e convencer seus líderes a retomar as negociações de desnuclearização, abandonadas há quase dois anos. Os EUA também estão tentando prevenir futuros atos provocativos.

Apresentando os contornos das novas sanções, Hillary disse que a Coreia do Norte poderia ganhar "a segurança e o respeito internacional que visa" parando com seu comportamento provocador e com as ameaças para os países vizinhos e retornando às negociações de desnuclearização.

Detalhes das sanções estão sendo finalizados, mas Hillary e outros oficiais americanos disseram que as medidas devem melhorar e expandir as sanções internacionais já existentes sobre viagens e transações financeiras.

Os EUA vão congelar mais ativos, ampliar a lista de indivíduos proibidos de viajar ao país e colaborar com os bancos para impedir transações suspeitas. O país quer ainda interromper o abuso norte-coreano dos privilégios diplomáticos, utilizados, segundo os americanos, para comércio ilegal de cigarros, falsificação de moeda e lavagem de dinheiro.

APOIO AO SUL

Com os detalhes ainda sendo discutidos, a demonstração mais evidente da resolução americana veio quando Hillary e Gates visitaram a zona desmilitarizada na vila de Panmunjom.

Sob chuvas esporádicas e o olhar atento de curiosos guardas norte-coreanos, eles homenagearam as forças dos EUA, Coreia do Sul e outros países que patrulham a última fronteira da era da Guerra Fria. era. Sessenta anos após o início dos combates, a península permanece dividida em um estado de guerra, já que o conflito terminou com uma trégua, não um tratado de paz.

No edifício da Comissão Militar do Armistício, onde funcionários da Coreia do Norte e do Comando da ONU se encontram para conversas, hillary e Gates ficaram momentaneamente em solo norte-coreano, enquanto um soldado olhava atentamente através de uma janela.

Gates disse que a visita tinha por objetivo "dar um sinal forte para a Coreia do Norte, à região e ao mundo que o nosso compromisso com a segurança da Coreia do Sul é firme". "De fato, nossa aliança militar nunca foi tão forte e deve impedir qualquer potencial agressor".

Em resposta ao afundamento Cheonan, os EUA e a Coreia do Sul anunciaram planos para realizar novos exercícios militares nas próximas semanas, o que provocou ameaças da Coreia do Norte e as expressões de preocupação da China.

Tanto Gates quanto Hillary observaram que, desde a Guerra das Coreias, o Sul tem se tornado uma grande potência econômica, enquanto o Norte estagnou sob isolamento internacional.

"Embora possa ser uma linha fina, esses dois lugares são mundos separados", disse Hillary, referindo-se à zona de proteção de três milhas (cinco quilômetros) de profundidade que se estende de leste a oeste e fica a apenas 30 milhas (50 km) da capital sul-coreana.

Ela pediu à Coreia do Norte que se afaste do isolamento que causou tanto sofrimento às pessoas. "Nós continuamos a enviar uma mensagem para o Norte: não existe outra maneira. Há um caminho que possa beneficiar o povo do Norte", disse ela.

"Mas até que mudem de direção, os Estados Unidos estão firmemente do lado do povo e do governo da República da Coreia, onde nós fornecemos uma defesa inflexível junto com nossos aliados e parceiros".

COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

 

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