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26/07/2010 - 18h11

Presidente francês promete represálias à morte de refém francês no Mali

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, prometeu nesta segunda-feira represálias ao "assassinato" do refém francês, o engenheiro Michel Germaneau, na República do Mali, reivindicado pela rede terrorista Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), depois de tentativa frustrada do Exército para libertá-lo.

"Condeno este ato bárbaro, odioso, que acaba de causar uma vítima inocente (...) que dedicava seu tempo a ajudar a população local", declarou Sarkozy em pronunciamento transmitido pela televisão, ao condenar um "assassinato a sangue frio".

"Sua morte demonstra que estamos diante de uma gente que não tem nenhum respeito pela vida humana", acrescentou o presidente, recordando que Germaneau tinha 78 anos e estava doente, prometendo que o assassinato do refém não ficará "impune".

Segundo Sarkozy, o ultimato pronunciado sobre o destino do refém "nunca esteve precedido do menor indício de diálogo com as autoridades francesas".

EUA

Os Estados Unidos condenaram nesta segunda-feira a "atroz e covarde" execução do refém francês Michel Germaneau em Mali, reivindicado pela rede Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).

Washington "está pronto para ajudar o governo francês neste assunto", destacou o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley.

O comissário para a paz e a segurança da União Africana (UA), Ramtane Lamamra, condenou de forma "enérgica" o assassinato do francês, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos denunciaram a "atroz e covarde" execução.

ASSASSINATO

No domingo, o líder da organização AQIM, informou que seu grupo matou Michel Germaneau, de acordo com gravação em áudio, divulgada pela emissora de TV Al Jazeera.

"Anunciamos que executamos o refém francês chamado Michel Germaneau no sábado, 24 de julho, para vingar nossos seis irmãos mortos na covarde operação da França" junto às forças mauritanas contra uma unidade da Al Qaeda, disse na gravação o líder da AQIM, Abu Mussab AbdelWadud.

Antes disso, militares franceses, junto com soldados mauritanos, participaram na quinta-feira, 22 de julho, de uma operação militar no deserto do Mali contra um grupo da AQIM, acreditando ter localizado o refém.

A operação, no entanto, acabou em fracasso. O engenheiro francês capturado pela AQIM não estava na base atacada pelos comandos franceses e pelas unidades mauritanas. Sete membros do grupo terrorista morreram na operação, enquanto outros quatro conseguiram escapar, informaram fontes mauritanas. Um primeiro balanço dava conta de seis mortos.

Entre 20 e 30 militares franceses participaram do ataque, segundo a fonte francesa.

A última prova de vida do refém remontava a meados de maio, quando a AQIM divulgou uma gravação de áudio e uma foto dele, pedindo a intervenção do presidente francês, Nicolas Sarkozy, para libertá-lo.

A mesma organização terrorista, que opera em uma região desértica entre Mali, Níger, Mauritânia e Argélia, mantém reféns dois espanhóis: Albert Vilalta, de 35 anos, e Roque Pascual, de 50, sequestrados no final de novembro.

SEQUESTRO

Germaneau, sequestrado em 19 de abril, no Níger, havia sido levado em seguida para o Mali, onde era mantido refém por uma célula da AQIM chefiada pelo argelino Abdelhamid Abu Zeid, considerado um homem "violento e brutal", que já executou há 13 meses um refém britânico, Edwin Dyer.

Londres havia se negado a ceder às exigências da AQIM, que reivindicava que a Grã-Bretanha trabalhasse pela libertação de vários membros da organização, prisioneiros nos países do Sahel.

As mesmas exigências foram feitas pela AQIM para preservar a vida de Germaneau.

Mas, segundo Paris, os sequestradores não deram nenhuma informação sobre a identidade e o local de detenção dos prisioneiros que queriam ver libertados.

 

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