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França está "em guerra" contra a Al Qaeda, diz premiê François Fillon
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Dois dias após a confirmação da execução do refém francês Michel Germaneau pelo braço da Al Qaeda no norte da África, o governo da França declarou "guerra" contra a organização terrorista.
"Nós estamos em guerra com a Al Qaeda e por isso estamos apoiando as forças da Mauritânia a lutar contra a Al Qaeda durante os últimos meses", disse o premiê francês François Fillon em entrevista à rádio Europe 1, acrescentando que o braço do grupo terrorista nesta região consiste em cerca de 400 militantes.
Questionado sobre uma possível retaliação francesa, Fillon disse que a "luta contra o terrorismo continuará e será reforçada", mas que um ataque militar está fora de cogitação, porque a "França não pratica a vingança".
Já o chanceler francês Bernard Kouchner, disse nesta terça-feira que não vê crescimento da ameaça de ações terroristas na França após o assassinato de Germaneau.
"Não acho que tenhamos o mais pequeno pedaço de evidência de um perigo crescente", disse.
O ministro disse que falava do Mali após ser enviado à região pelo presidente Nicolas Sarkozy para discutir um aumento nas medidas de segurança para os cidadãos franceses.
Kouchner disse que não fez um apelo para que os franceses deixem a região, mas pediu que eles aumentassem suas precauções com a segurança.
O braço da Al Qaeda no norte da África anunciou no domingo a execução do francês Michel Germaneau após uma operação de forças da França e da Mauritânia na semana passada em que seis militantes islâmicos foram mortos.
REPRESÁLIAS
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, prometeu ainda na segunda-feira represálias ao "assassinato" do refém francês depois de tentativa frustrada do Exército para libertá-lo.
"Condeno este ato bárbaro, odioso, que acaba de causar uma vítima inocente (...) que dedicava seu tempo a ajudar a população local", declarou Sarkozy em pronunciamento transmitido pela televisão, ao condenar um "assassinato a sangue frio".
"Sua morte demonstra que estamos diante de uma gente que não tem nenhum respeito pela vida humana", acrescentou o presidente, recordando que Germaneau tinha 78 anos e estava doente, prometendo que o assassinato do refém não ficará "impune".
Segundo Sarkozy, o ultimato pronunciado sobre o destino do refém "nunca esteve precedido do menor indício de diálogo com as autoridades francesas".
EUA
Os Estados Unidos condenaram nesta segunda-feira a "atroz e covarde" execução do refém francês Michel Germaneau em Mali, reivindicado pela rede Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).
Washington "está pronto para ajudar o governo francês neste assunto", destacou o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley.
O comissário para a paz e a segurança da União Africana (UA), Ramtane Lamamra, condenou de forma "enérgica" o assassinato do francês, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos denunciaram a "atroz e covarde" execução.
ASSASSINATO
No domingo, o líder da organização AQIM, informou que seu grupo matou Michel Germaneau, de acordo com gravação em áudio, divulgada pela emissora de TV Al Jazeera.
"Anunciamos que executamos o refém francês chamado Michel Germaneau no sábado, 24 de julho, para vingar nossos seis irmãos mortos na covarde operação da França" junto às forças mauritanas contra uma unidade da Al Qaeda, disse na gravação o líder da AQIM, Abu Mussab AbdelWadud.
Antes disso, militares franceses, junto com soldados mauritanos, participaram na quinta-feira, 22 de julho, de uma operação militar no deserto do Mali contra um grupo da AQIM, acreditando ter localizado o refém.
A operação, no entanto, acabou em fracasso. Sete membros do grupo terrorista morreram na operação, enquanto outros quatro conseguiram escapar, informaram fontes mauritanas. Entre 20 e 30 militares franceses participaram do ataque, segundo a fonte francesa.
A mesma organização terrorista, que opera em uma região desértica entre Mali, Níger, Mauritânia e Argélia, mantém reféns dois espanhóis: Albert Vilalta, de 35 anos, e Roque Pascual, de 50, sequestrados no final de novembro.
SEQUESTRO
Germaneau, sequestrado em 19 de abril, no Níger, havia sido levado em seguida para o Mali, onde era mantido refém por uma célula da AQIM chefiada pelo argelino Abdelhamid Abu Zeid, considerado um homem "violento e brutal", que já executou há 13 meses um refém britânico, Edwin Dyer.
Londres havia se negado a ceder às exigências da AQIM, que reivindicava que o Reino Unido trabalhasse pela libertação de vários membros da organização, prisioneiros nos países do Sahel.
As mesmas exigências foram feitas pela AQIM para preservar a vida de Germaneau. Mas, segundo Paris, os sequestradores não deram nenhuma informação sobre a identidade e o local de detenção dos prisioneiros que queriam ver libertados.
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