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Na Itália, ex-ministro é condenado a dois anos de prisão por corrupção
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ex-ministro italiano Aldo Brancher, que renunciou no último dia 5, foi condenado a dois anos de prisão pelo Tribunal Penal de Milão por lavagem de dinheiro e apropriação indébita.
Brancher também foi condenado a pagar uma multa de 4.000 euros [cerca de R$ 9.100].
O ex-ministro anunciou sua renúncia no Tribunal de Milão durante uma audiência em que também abriu mão da lei do "legítimo impedimento", que permite aos membros do Executivo italiano se ausentar dos julgamentos por compromissos relacionados com seu cargo -- uma espécie de imunidade.
Brancher foi acusado de receber quase um milhão de euros [cerca de R$ 2,2 milhões] do ex-presidente do Banca Popolare di Italia (BPI) Giampiero Fiorani para que a entidade financeira assumisse de modo ilícito o controle majoritário acionário do banco Antonveneta.
Na audiência desta quarta-feira, o ex-ministro, que tinha pedido absolvição por meio de seus advogados, não se apresentou por motivos familiares.
"O processo tem mais instâncias de julgamento. Veremos o que faremos após conhecer as motivações da condenação. O juiz compartilhou parcialmente da linha da defesa", disse o advogado de Brancher, Pier Maria Corsico, em declarações à imprensa italiana.
CORRUPÇÃO
Ainda no início do mês um membro do gabinete do premiê italiano Sílvio Berlusconi renunciou ao cargo após ter sido acusado de envolvimento com a máfia italiana.
Nicola Consentino, subsecretário de Estado para a Economia e as Finanças, já tinha apresentado sua renúncia em fevereiro, para evitar "qualquer tipo de uso" de seus problemas judiciais nas eleições regionais de março. No entanto, Berlusconi havia rejeitado o pedido na ocasião.
Até o final de 2009 o político era considerado candidato potencial à Presidência da região de Nápoles.
Ele é acusado de ter ajudado, desde os anos 90, a máfia napolitana Camorra. Seu nome também é citado em investigações sobre casos de corrupção no mercado de energia eólica em Sardenha.
Consentino é ainda acusado de ter pressionado juízes de diferentes cortes para escapar de processos e poder candidatar-se às eleições regionais.
Nos últimos meses, outros dois ministros do governo tiveram de renunciar depois de terem sido citados em casos de corrupção.
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