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Lula articula com novo presidente colombiano saída da crise com Venezuela
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DA EFE, EM BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta sexta-feira por telefone com o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, em uma tentativa de reduzir as tensões devido à crise colombo-venezuelana, afirmaram hoje fontes oficiais.
O Brasil aposta em adiar a mediação até a posse do novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que apesar de ser o candidato de Uribe, promete reconciliação com Caracas.
"Lula conversou com Santos e, embora não tenha dado detalhes do que foi abordado, ele disse que considera uma conversa bastante positiva, que ajudou na preparação para uma distensão do cenário", afirmou Marcelo Baumbach, porta-voz da Presidência.
Segundo Baumbach, Lula "ficou satisfeito" com o diálogo. "A conversa pode ajudar bastante na redução das tensões", acrescentou o funcionário.
De acordo com o porta-voz, Lula pretendia conversar com Santos há alguns dias, mas não havia conseguido fazê-lo por problemas de agenda, e "finalmente houve essa possibilidade".
Quanto à crítica do presidente colombiano, Álvaro Uribe, que questionou a Lula por ter se referido à atual crise entre Colômbia e Venezuela como "um caso de assuntos pessoais", o porta-voz disse que o chefe de Estado do Brasil considera o caso "superado".
"Lula considera que esse episódio já está superado. Não comentou nem comentará essas declarações", afirmou.
A crise começou há uma semana com a decisão da Venezuela de romper relações depois de que a Colômbia a denunciou perante a Organização dos Estados Americanos pela suposta presença de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) em território venezuelano.
UNASUL
Após o fracasso da reunião de chanceleres da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) na quinta-feira no Equador -- que terminou sem atingir um consenso sobre a crise entre Caracas e Bogotá -- os chefes de Estado do bloco devem se encontrar para mediar as relações entre os dois países.
A reunião extraordinária terminou nesta quinta-feira após cinco horas a portas fechadas sem consenso algum sobre a crise diplomática entre Venezuela e Colômbia.
"Não se chegou a uma resolução final", disse o chanceler do Equador, Ricardo Patiño, em entrevista coletiva em Quito (Equador), informa a rede latino-americana Telesur.
No entanto, Patiño considerou a reunião como um passo "importantíssimo" e destacou a relevância de se ter conseguido juntar os 12 chanceleres da Unasul numa mesa de negociações somente uma semana após a eclosão da crise entre Caracas e Bogotá.
O chanceler do Equador disse que a comunidade internacional não poderia esperar, "de maneira alguma, que as relações voltassem ao seu estado anterior [após a reunião]. É impossível, mas é um passo importantíssimo porque se pôde encontrar alguns pontos de acordo entre as duas partes", avaliou.
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