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Assassinato de político gera protestos violentos e mata mais de 30 no Paquistão
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DE SÃO PAULO
Um político paquistanês foi assassinado a tiros em uma mesquita na cidade de Karachi, no sul do Paquistão, gerando protestos sangrentos nesta segunda-feira
Raza Haider, 35, do Movimento Muttahida Qaumi, parceiro da coalizão governista da província de Sinch, foi atingido por atiradores que estavam em duas motos, na região de Nazimabad Norte. "Ele tinha ido ao funeral de parentes. Atiradores o atacaram perto de uma mesquita, ferindo gravemente ele e seu segurança", disse o policial Waqar Mallan. "Ele morreu a caminho do hospital."
O crime desencadeou uma onda de protestos violentos, que já deixaram ao menos 31 mortos e mais de cem feridos, segundo autoridades ouvidas pela rede britânica BBC. O cirurgião da polícia Hamid Parehyar disse à BBC que foram recebidos 27 corpos de pessoas mortas com a violência, e que outras quatro mortes foram registradas.
Carros foram incendiados e manifestantes armados bloquearam ruas principais em Karachi.
Também foi registrada violência em outras partes da província, incluindo Hyderabad e Sukkur, informa a BBC.
Autoridades locais já tinham proibido encontros políticos públicos em Karachi num esforço para controlar ondas de assassinatos intermitentes.
O governo não deu cifras exatas, mas autoridades de segurança afirmam que mais de 125 pessoas morreram desde o começo do ano. Organizações de direitos humanos falam em mais de 300 mortos em Karachi este ano.
A cidade de 16 milhões de habitantes está livre de ataques a bomba do Taleban e da Al Qaeda, mas tem sofrido com assassinatos étnicos e sectários, crimes e sequestros.
O primeiro-ministro paquistanês, Yusuf Raza Gillani, pediu calma e disse que ordenou uma investigação sobre o assassinato.
CONSPIRAÇÃO
Jameel Soomro, porta-voz do governo da província de Sindh, disse que o assassinato de um membro da coalizão faz parte de uma "conspiração" mais ampla.
"O país está sofrendo calamidades naturais e nós estamos combatendo terroristas. Nesse momento, conspiradores querem desestabilizar Karachi, que é o motor financeiro do Paquistão", disse ele.
Ele não deu detalhes, mas acusou os conspiradores de tentarem incentivar as tensões étnicas e desencadear a violência em Karachi.
COM FRANCE PRESSE
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