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04/08/2010 - 12h13

Em meio à crise no Parlamento, Berlusconi se declara pronto para novas eleições

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DA ANSA, EM ROMA

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, se declarou pronto para novas eleições se o governo perder o apoio parlamentar que o mantém no poder, ainda que seja uma decisão que "não tomará por si mesmo".

O chefe do governo da Itália comentou a situação do partido governista Povo da Liberdade (PDL) após a ruptura com o presidente da Câmara dos Deputados e um dos fundadores da agremiação, Gianfranco Fini, que anunciou nesta semana a criação do grupo parlamentar Futuro e Liberdade para a Itália (FLI).

Com o grupo de Fini, o equilíbrio entre Executivo e Legislativo seria alterado, já que dez senadores e 33 deputados fariam parte do FLI. Se Berlusconi perder a maioria, as eleições poderiam ser antecipadas -- a qual, conforme declarou o chefe de governo, seria a única estrada a ser tomada.

O pleito, no entanto, é uma solução "extrema" para os problemas sobre a maioria, porque "neste momento a Itália goza da confiança da Europa, dos mercados e das agências de rating", e uma eventual queda do governo poderia ter "repercussões negativas", apontou o primeiro-ministro.

Berlusconi falou na noite de terça-feira (3), em um jantar com deputados do PDL, segundo informaram nesta quarta-feira participantes do evento, que confirmaram ainda que o primeiro-ministro se mostrou "otimista" e disposto a reestruturar o partido.

Comentando a ruptura com Fini e seus partidários, ele se disse certo de que o FLI não gostaria de assumir a responsabilidade por uma eventual crise que traria danos a todos os italianos, e se declarou desiludido com a criação de um grupo autônomo pelo presidente da Câmara.

CRISE

Na semana passada, o conselho diretivo do PDL retirou Fini do partido, decisão que seria provocada por reiteradas posturas de oposição tomadas pelo co-fundador, as quais estariam dificultando o andamento das iniciativas que Berlusconi busca empreender.

Na tarde desta quarta-feira o governo italiano participará da primeira prova política após a ruptura. O vice-ministro da Justiça, Giorgio Caliendo, será submetido ao voto de desconfiança dos legisladores -- a pedido da centro-esquerda. Ele é suspeito de envolvimento em crimes relacionados a manipulações de decisões judiciais em troca de favores.

Especialistas apostam que caso os parlamentares votem contra Caliendo, evidenciando a perda da maioria no Parlamento, as opções serão chamar às eleições --embora esta decisão seja tomada pelo presidente, Giorgio Napolitano, segundo determina a Constituição-- ou recuperar, de algum modo, as relações com o grupo de Fini.

Ontem, Fini anunciou que se absteria de votar sobre a moção, decisão que Berlusconi classificou como sem sentido e tomada por pretexto. Também optaram por não se pronunciar a União da Democracia Cristã e de Centro (UDC) e o Movimento pelas Autonomias (MPA).

 

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