Piratas somalis sequestram cargueiro com 24 tripulantes

Piratas somalis sequestraram nesta quinta-feira o cargueiro Syria Star, com bandeira do arquipélago caribenho de São Vicente e Granadinas, enquanto navegava no golfo de Áden com uma tripulação de 22 sírios e dois egípcios, segundo informou a força naval europeia EU NAVFOR.

"Durante a tarde de 5 de agosto, o Syria Star informou que estava sendo atacado por piratas que tinham abordado o navio e estavam disparando contra a tripulação", indicou a missão Atalanta da EU NAVFOR em comunicado.

Após receber a informação, a Atalanta enviou helicópteros à zona e tentou estabelecer comunicação com o navio atacado.

"Quando os navios de guerra (da força europeia) chegaram ao local pouco depois, o Syria Star tinha mudado seu curso e se dirigia para sudeste em direção ao Chifre da África, e sob o controle dos piratas, que não responderam às mensagens por rádio", informou o comunicado.

Quando foi atacado, o Syria Star, com peso de 18.838 toneladas e uma carga de açúcar, navegava rumo ao oeste pelo Corredor de Passagem Internacionalmente Recomendado.

Com este, são pelo menos 23 navios e 424 tripulantes sequestrados por piratas somalis no oceano Índico e no golfo de Áden, segundo números da Ecoterra, uma organização que vigia a pirataria e a pesca ilegal nestas águas.

A Somália não teve um Estado ou um Governo efetivo desde 1991, quando o ditador Siad Barre foi derrubado, e vive desde então em uma situação de guerra aberta entre diferentes senhores da guerra, clãs e milícias.

Esta situação de caos e miséria, somada à possibilidade de conseguir grandes resgates, faz com que jovens desempregados e antigos pescadores decidam se dedicar à pirataria, segundo a ONU e organizações marítimas.