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08/08/2010 - 10h11

Presidente sul-coreano escolhe reformista para premiê e muda gabinete

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, fez neste domingo a maior mudança de governo desde que chegou ao poder no início de 2008, mantendo, contudo, a linha dura em relação à vizinha Coreia do Norte.

A mudança do gabinete, que deverá ser aprovada pelo Parlamento sul-coreano, era algo largamente esperado após a derrota do governista Grande Partido Nacional nas eleições regionais do mês de junho.

Lee, de 68 anos, anunciou o reformista Kim Tae-ho, de 47 anos, como novo premiê --o mais jovem a assumir o cargo em 39 anos. Kim foi governador da Província de Gyeongsang Sul e assume no lugar de Chung Un-chan, que já tinha oferecido sua renúncia no dia 29 de julho.

Ele substituiu ainda outros sete ministros em uma reorganização que visa fazer passar a sua agenda de reformas pró-mercado.

Em um voto de confiança na forma como seu governo lidou com o naufrágio do navio de guerra Cheonan, em março passado, pelo qual Seul acusa a Coreia do Norte, Lee manteve os responsáveis pelas pastas de Defesa, Unificação e Relações Exteriores.

Os premiês da Coreia do Sul tradicionalmente assumem um papel mais burocrático e administrativo O nome de Kim, contudo, entra na lista de candidatos à sucessão de Lee em dezembro de 2012.

"Nós esperamos expandir a cultura de mudança e de reforma com a juventude e vigorosa junção de conhecimento e experiência do gabinete existente", disse o porta-voz presidencial Hong Sang-pyo.

Lee também nomeou um confidente político e um parlamentar veterano, Lee Jae-oh, 65, como ministro sem pasta, responsável por avançar a paralisada agenda nacional do presidente.

Apesar do partido do presidente ter uma maioria esmagadora no Parlamento, Lee não conseguiu convencer os políticos locais e nacionais da necessidade de revitalizar os quatro grandes rios do país em um projeto de obras no valor de bilhões de dólares.

Em junho, o Parlamento votou a favor da realocação dos ministérios e agências governamentais para uma cidade ainda a ser construída a sul da capital Seul, apesar dos apelos do escritório do presidente contra a medida. Isso forçou a renúncia do premiê Chung.

"Falando em termos gerais, as políticas de Lee Myung-bak são orientadas para o mercado. Os membros do gabinete são muito próximos dele e eles vão fazer uma boa equipe", disse Yun Chang-hyun, da Universidade de Seul. 'Eu acho que eles são muito fiéis, e vão seguir as regras."

BOOM DA ECONOMIA

Lee também nomeou um nome do alto escalão do rival político como ministro da Agricultura, em um gesto de aproximação com as outras legendas que se opuseram a suas iniciativas políticas e retardaram a agenda legislativa.

O presidente tinha feito uma prioridade de seu governo criar 200 mil empregos neste ano e prometeu limpar a burocracia, reduzir impostos e reformar o mercado de trabalho do país.

A Coreia do Sul conseguiu sair da crise financeira global antes da maioria dos outros e já foi cotada como um dos países de crescimento mais rápido, ao lado de Turquia, entre os membros da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento.

Quarta maior economia da Ásia, a Coreia do Sul cresceu 7,6% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2009 --o melhor resultado em uma década. Mas o crescimento ainda é liderado principalmente pelas grandes empresas exportadoras e o mercado de trabalho ainda tem que se recuperar dos efeitos da crise.

O governo está sob pressão de críticos e parlamentares da oposição para convencer as grandes empresas a investir e contratar mais internamente e compartilhar mais seus lucros com seus parceiros menores internos.

 

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