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11/08/2010 - 23h17

EUA ampliam ajuda ao Paquistão após enchentes, temendo que militantes ganhem espaço

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os EUA anunciaram nesta quarta-feira o envio de mais helicópteros e ajuda humanitária ao Paquistão, que enfrenta as piores enchentes em 80 anos. Aumenta a preocupação de que militantes islâmicos aproveitem para tentar expandir sua influência oferecendo a tão necessária ajuda, enquanto o governo civil do Paquistão sofre para alcançar as vítimas.

Grupos extremistas tiram vantagem ideológica de enchentes no Paquistão
ONU pede US$ 459 milhões para ajudar vítimas de inundações no Paquistão

Mansoor Khanzada/Efe
Moradores se protegem no telhado de casas após cheia causada por chuvas de monções no Paquistão
Moradores se protegem no telhado de casas após cheia causada por chuvas de monções no Paquistão

O secretário de Defesa americano, Robert Gates, disse que o Exército dos EUA está mais que triplicando o número de helicópteros no Paquistão --de seis para 19-- e mandando um porta-aviões para ser usado na costa de Karachi, maior cidade paquistanesa.

Gates disse que o porta-aviões com 19 helicópteros a bordo já estava na costa de Karachi. Os seis helicópteros enviados inicialmente ao Paquistão retornariam ao Afeganistão, disse ele.

"Isso oferece a eles [os militantes] uma oportunidade e, então, estamos gratos em fazer o que podemos para ajudar o governo e o Exército paquistaneses a demonstrarem sua capacidade e sua intenção de cuidar de seu próprio povo", disse Gates. "Vamos fazer o que pudermos."

Os EUA, que já tinham se comprometido a doar US$ 55 milhões (R$ 97 milhões), também anunciaram uma contribuição adicional de US$ 16,2 milhões (R$ 28,5 milhões) para a agência de refugiados da ONU e para a Cruz Vermelha Internacional, para ajuda de emergências às vítimas das enchentes.

Mais cedo, a ONU (Organização das Nações Unidas) pediu US$ 459 milhões (R$ 811 milhões) para ajuda imediata aos cerca de 14 milhões de afetados, cerca de 8% da população.

O chefe do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, John Holmes, afirmou que estas são as piores enchentes relacionadas às chuvas de monções da história e deixaram entre 6 milhões e 7 milhões em necessidade imediata de ajuda humanitária, incluindo comida, água limpa, abrigo e atendimento médico.

Holmes disse ainda que ao menos 1.200 morreram --400 a menos do que os números anunciados pela própria ONU anteriormente- e 288 mil casas foram danificadas ou completamente destruídas.

SEGURANÇA

O Exército paquistanês, que governou o país por mais da metade de seus 63 anos de história, tomou a liderança nos trabalhos de ajuda às vítimas, reforçando a confiança que muitos paquistaneses têm nas forças armadas e ressaltando a falta de eficiência dos governos civis.

Questionado sobre como as enchentes poderiam ter um impacto na segurança no Paquistão, Gates disse: "Ainda precisa ser avaliado. Isso realmente depende em quantos soldados eles têm para usar", disse. "Claramente, eles terão que deslocar alguns soldados, e já o fizeram, para lidar com as enchentes."

"Não estávamos esperando que eles adotassem novas ofensivas por um certo período, de todo modo", acrescentou.

Os EUA têm pressionado o Paquistão a ser mais ativo em combater os militantes, particularmente na fronteira com o Afeganistão, onde as tropas americanas travam fortes combates com o Taleban.

 

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