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12/08/2010 - 07h58

Incêndio florestal avança e está a 60 km da central nuclear de Chernobyl

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um incêndio florestal consome uma área de dois hectares a apenas 60 km ao sul da central nuclear de Chernobyl, na Rússia, em meio a uma onda de calor sem precedentes na região.

"O incêndio não representa perigo, não é uma ameaça. Será extinto hoje ou amanhã", afirmou a porta-voz do Ministério de Situações de Emergência, Viktoria Ruban.

A zona de segurança ao redor de Chernobyl, onde aconteceu a maior catástrofe nuclear civil da história, tem um raio de 30 quilômetros.

Os incêndios destruíram, contudo, florestas contaminadas pela radiação do desastre de Chernobyl e não está claro ainda o grau de perigo da fumaça.

Os líderes do Kremlin enfrentam os incêndios florestais mais mortais na Rússia desde 1972 --ao menos 54 pessoas morreram-- e uma seca que destruiu plantações, depois de os meteorologistas terem informado que este é o verão mais quente do país no último milênio.

Os temores de disseminação da poluição nuclear oriunda do desastre de Chernobyl poderiam lançar a crise em um novo patamar, embora as autoridades afirmem que os níveis de radiação estão normais em Moscou. Um cientista afirmou que o nível de risco depende de onde exatamente ocorreram os incêndios.

"Sim, tivemos incêndios", disse Vasily Tuzov, diretor adjunto da agência de proteção florestal da Rússia, à Reuters por telefone quando questionado se houve incêndios em florestas poluídas pelo acidente de Chernobyl, o pior desastre nuclear civil do mundo. "A maior parte deles já foi apagada."

As regiões afetadas incluem a província de Bryansk, que faz fronteira com a Ucrânia, fica a sudoeste de Moscou e foi poluída pela poeira radioativa que cobriu partes da Ucrânia, da Rússia, de Belarus e da Europa após uma série de explosões no reator número 4 de Chernobyl em 26 de abril de 1986.

O ministro das Emergências russo, Sergei Shoigu, afirmou em 5 de agosto que, caso houvesse um incêndio florestal na região de Bryansk, partículas radioativas seriam lançadas no ar.

Kim Holmen, diretor de pesquisa do Instituto Polar Norueguês, afirmou que árvores, outro tipo de vegetação e o solo absorveram parte do material nuclear lançado no acidente de 1986 e as cinzas liberavam parte dele de novo no ar.

"As transgressões de nossos pais nos revisitou", disse. "Há uma remobilização do material de Chernobyl. Esse é um lado de queima de biomassa que é subcomunicado. Há muito disso por aí...A fim de dizer qualquer coisa útil sobre as quantidades que você tem é preciso ver onde estão os incêndios."

O Greenpeace da Rússia disse em um comunicado que foram registrados três incêndios em florestas altamente contaminadas na região de Bryansk, poluída com o isótopo nuclear césio 137.

Os níveis de radiação da região de Moscou permaneciam inalterados e dentro dos limites normais na quinta-feira, disse Yelena Popova, diretora do centro de monitoramento de radiação de Moscou.

 

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