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Mulher de premiê israelense pede que filhos de estrangeiros possam ficar no país
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DA REUTERS
Um polêmico debate sobre planos do governo israelense para deportar 400 filhos de trabalhadores estrangeiros passou por uma reviravolta emocionada neste domingo, após a mulher do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu pedir que as crianças possam ficar no país.
O apelo de Sara Netanyahu foi rechaçado pelo ministro do Interior israelense, um judeu ultra ortodoxo que defende a redução do número de trabalhadores estrangeiros, muitos dos quais moram ilegalmente no Estado judeu.
"Como psicóloga... e mão de dois filhos, eu imploro que usem sua autoridade para permitir que a maioria das 400 crianças possam ficar em Israel", disse Sara em uma carta ao ministro, Eli Yishai, do partido Shas.
Yishai, que chamou os trabalhadores migrantes não judeus de um perigo para o "empreendimento sionista", disse que se encontraria com Sara na quinta-feira, mas não mudaria sua política e não poderia mudar o decreto de deportação
acordado com o gabinete do primeiro-ministro.
Tratando da situação de cerca de 1.200 crianças filhos de trabalhadores estrangeiros, o governo decidiu, há duas semanas, que poderiam continuar vivendo no país os mais novos, que vivem em Israel há mais de cinco anos, que falam hebreu e que frequentaram escola.
Segundo esses critérios, 800 crianças são elegíveis à residência, e 400 deveriam ser deportadas com seus pais dentro de semanas, pendendo apelos a uma comissão do governo.
Defensores da decisão disseram que Israel não tem escolha a não ser conter o fluxo de imigrantes, milhares dos quais entram no país pela fronteira sul com o Egito.
Críticos, incluindo que protestaram em Tel Aviv no sábado, alegam que é imoral que um país dedicado a oferecer abrigo para judeus fugindo de perseguição expulse filhos de imigrantes que não conheceram nenhum outro país.
"TENHA FILHOS, GANHE VISTO"
Números oficiais falam em cerca de 200 mil trabalhadores imigrantes em Israel. A maioria vem da África, China e Filipinas; cerca de metade estão no país com vistos vencidos. Cerca de 7,5 milhões de pessoas, 75% judeus, vivem em Israel.
Falando à Rádio do Exército após a imprensa local falar sobre a carta de Sara, Yishai disse que alguns dos trabalhadores ilegais trouxeram seus filhos ou tiveram filhos em Israel acreditando "que se eles tiverem um filho, eles vão ganhar um visto", referindo-se à residência legal.
"A viagem de férias acabou", disse ele. "Quem quer que esteja aqui ilegalmente deve voltar a seu país."
Em 1º de agosto, durante a reunião em que seu gabinete definiu as novas regras, Netanyahu disse: "Não queremos criar um incentivo para a entrada de centenas de milhares de trabalhadores ilegais no país".
Opondo-se à decisão e cauteloso quanto a um possível reação externa negativa para Israel, o ministro de Indústria e Comércio, Binyamin Ben-Eliezer, ponderou: "Esse não é o Estado judeu que eu conheço".
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