Chávez diz que visita de chanceler colombiana ajudou a restabelecer relações

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, destacou importância da recente visita a Caracas da chanceler colombiana, María Ángela Holguín, à frente de uma delegação ministerial, em seu artigo dominical desta semana.

"É preciso destacar a presença de uma importante delegação colombiana, liderada pela chanceler María Ángela Holguín, na sexta-feira, dia 20", diz o governante em sua nota de imprensa.

Fernando Llano/AP

Presidente da Venezuela, Hugo Chávez (esq.), conversa com a chanceler colombiana Maria Angela Holguin (centro)

"Quero felicitar as comissões binacionais que, nesse dia, instalaram as mesas de trabalho para desenhar o novo mapa que expresse o pleno restabelecimento de nossas relações em todas as áreas", acrescentou Chávez.

O texto também cita a visita prévia que o presidente do Congresso da Colômbia, Armando Benedetti, realizou a Caracas em 16 de agosto.

Chávez citou também o "fracasso" dos esforços de pessoas que se opõem a seu projeto político para tentar estabelecer uma guerra com a Colômbia.

"Como dói à 'contrarrevolução' tudo o que aconteceu desde a reunião presidencial em Santa Marta, no último dia 10 de agosto (quando foram restabelecidas as relações bilaterais), como dói a vontade política comum que está sendo aberta, com respeito e confiança", diz o governante venezuelano.

Por outra parte, o ex-vice-presidente do governo, ex-chanceler e ex-ministro da Defesa José Vicente Rangel indicou em seu programa de televisão, transmitido neste domingo, que soube "de fonte muito confiável" que dois dias antes da posse do novo líder colombiano, Juan Manuel Santos, foi discutido em Bogotá um ataque militar à Venezuela.

O ataque não teria acontecido, na opinião de Rangel, porque o setor liderado por Santos se impôs ao do ex-presidente Álvaro Uribe, e prevaleceu a estratégia negociadora que se concretizou com a reunião presidencial de Santa Marta.