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25/08/2010 - 22h25

Audiência de iraniana condenada a morte é adiada pela 3ª vez consecutiva

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DE SÃO PAULO

A audiência da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, que estava prevista para esta quarta-feira foi adiada pela terceira vez consecutiva, afirmou Maria Rohaly, da ONG Mission Free Iran, à rede Fox News.

O motivo, acredita Rohaly, seria dispersar o interesse da mídia sobre o caso.

Ela afirmou também que o escritório do advogado de Ashtiani, Houtan Kian, foi revistado, segundo a Fox.

ENTENDA

Mãe de dois filhos, Sakineh foi condenada em maio de 2006 a receber 99 chibatadas por ter um "relacionamento ilícito" com um homem acusado de assassinar o marido dela. Sua defesa diz que Sakineh era agredida pelo marido e não vivia como uma mulher casada havia dois anos, quando houve o homicídio.

Mesmo assim, ela foi, paralelamente à primeira ação, julgada e condenada por adultério. Ela chegou a recorrer da sentença, mas um conselho de juízes a ratificou, ainda que em votação apertada --3 votos a 2.

Diplomatas iranianos afirmam que foi encerrado o processo de adultério e que a mulher é acusada "apenas" pelo assassinato do marido. Os juízes favoráveis à condenação de Sakineh à morte por apedrejamento votaram com base em uma polêmica figura do sistema jurídico do Irã chamada de "conhecimento do juiz", que dispensa a avaliação de provas e testemunhas.

Assassinato, estupro, adultério, assalto à mão armada, apostasia e tráfico de drogas são crimes passíveis de pena de morte pela lei sharia do Irã, em vigor desde a revolução islâmica de 1979. O apedrejamento foi amplamente utilizado nos anos após a revolução, mas a sentença acabou em desuso com o passar dos anos.

Sob as leis islâmicas, a mulher é enterrada até a altura do peito e recebe pedradas até a morte.

 

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