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27/08/2010 - 09h11

Ditador do Sudão volta a desafiar sentença de corte internacional e vai ao Quênia

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ditador do Sudão, Omar al Bashir, contra quem o Tribunal Penal Internacional (TPI) mantém uma ordem de prisão por crimes contra a humanidade, voltou a desafiar a sentença e decidiu viajar ao Quênia para participar das comemorações em torno da nova Constituição do país africano.

Bashir foi um dos dignatários que assistiu ao evento junto a Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), e chefes de Estado como Paul Kagame, presidente da Ruanda; Yoweri Museveni, presidente de Uganda; e Ahmed Abdallah Mohammed Sambi, presidente das ilhas Comores, entre outras personalidades do continente africano.

Zohra Bensemra-o8mar.09/Reuters
Corte Internacional acrescentou três acusações de genocídio à ordem de prisãio contra o ditador do Sudão, Omar Hassan Al Bashir
Corte Internacional acrescentou três acusações de genocídio à ordem de prisãio contra o ditador do Sudão, Omar Hassan Al Bashir

O Quênia é um país signatário do Estatuto de Roma, que deu origem ao TPI, o que em teoria o obriga a colaborar com a corte e a prender acusados que entrem em seu território.

O TPI emitiu em 2009 uma ordem de detenção contra Bashir por crimes de guerra e contra a humanidade e em 2010 outra por genocídio, as três acusações relacionadas com o conflito na região sudanesa de Darfur, que desde 2003 deixou cerca de 300 mil mortos e 2,7 milhões de deslocados, segundo números da ONU.

CHADE

Ainda no final de julho al Bashir visitou o Cahde, em sua primeira visita a um país que reconhece a jurisdição do TPI.

A ordem de prisão foi decretada em 2009, mas nunca pode ser cumprida porque o Sudão não é membro da corte internacional e o ditador ainda não havia estado num país que reconhecesse a corte.

A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) pediu ao Chade que prenda Bashir, sob risco de se tornar o primeiro país membro do tribunal a proteger um suspeito de crimes de guerra.

Bashir, no poder há 21 anos, é o primeiro chefe de Estado em exercício a ser objeto de uma ordem de prisão do TPI -- primeiro tribunal internacional permanente encarregado de julgar os autores de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.

 

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