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27/08/2010 - 17h51

ONU lamenta vazamento de relatório sobre massacre de hutus na RDC

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DA EFE

A ONU (Organização das Nações Unidas) lamentou nesta sexta-feira o vazamento de um relatório sobre o assassinato, em 1994, de milhares de hutus de Ruanda refugiados na República Democrática do Congo (RDC), e negou ter sofrido pressão do presidente ruandês, Paul Kagame.

O porta-voz da Organização das Nações Unidas, Martin Nesirky, disse que o organismo está decepcionado pela decisão do jornal francês "Le Monde" de publicar "um rascunho" do relatório, sem esperar a divulgação da versão final do documento.

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"Trata-se de um rascunho, a versão final será publicada em breve", insistiu o porta-voz, que desmentiu as informações de que Kagame teria ameaçado retirar suas tropas da missão de paz em Darfur por causa do relatório.

Nesirky assegurou que é "absolutamente falso" que o líder africano tivesse conversado sobre este assunto com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na reunião que tiveram em julho.

Ao mesmo tempo, disse que houve uma troca de correspondências com o governo ruandês, mas não precisou o conteúdo.

Segundo a versão publicada pelo "Le Monde" e outros veículos, o relatório apresenta dados sobre supostos assassinatos, violações e outros crimes cometidos por vingança contra civis hutus entre 1993 e 2003 pelo Exército ruandês, em colaboração com rebeldes congoleses.

Perante as acusações, e através de um comunicado divulgado em Kigali, o Governo ruandês qualificou como "imoral e inaceitável" a acusação das Nações Unidas, e atribuiu o vazamento a uma tentativa de desviar a atenção do recente crime de estupro contra, pelo menos, 154 civis congoleses próximo a uma base da missão de paz do organismo na RDC.

 

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